Rússia, EUA e enviado da ONU discutem conferência sobre Síria
No encontro entre representantes da Rússia, Estados Unidos e Organização das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça, nesta quinta-feira (7), não se alcançou uma data para a conferência internacional sobre a Síria, que ficou conhecida como “Genebra 2”. Embora o governo do presidente Bashar al-Assad já tenha afirmado o seu compromisso com o diálogo, a oposição e os grupos armados no país ainda fazem exigências inaceitáveis para participar, como a demissão de Assad.
Publicado 07/11/2013 16:21

Em declarações à imprensa, nesta quinta, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Guennadi Gatilov, disse que se reuniu com um delegado do Departamento de Estado dos EUA e com Lakhdar Brahimi, representante oficial da ONU e da Liga Árabe para a Síria.
Segundo o diplomata russo, a convocação da conferência depende do êxito dos EUA em persuadir a oposição síria de que a conferência será útil.
Antes, os diálogos (uma iniciativa da Rússia, em acordo com os EUA) estavam planejados para fins de novembro, mas os grupos armados e a oposição política apoiada pelo Ocidente e por países da região continuam exigindo que Assad se demita ou estabeleça um cronograma para entregar o poder.
A realização da conferência internacional, que seria uma continuação da reunião já realizada em 2012, é a única forma de se encontrar uma solução ao conflito na Síria, que tomou uma forma violenta e armada ainda em 2011.
O consenso internacional sobre a urgência dos diálogos foi abalada pelas ameaças dos EUA, do Reino Unido e da França de uma intervenção militar, supostamente em reação às acusações sobre o uso de armas químicas.
Outro acordo impulsionado pela Rússia, entretanto, e aceito pela Síria, garantiu a assinatura da Convenção para a proibição das Armas Químicas (CWC, na sigla em inglês), a inspeção e a destruição do arsenal químico sírio já iniciados e saudados por diversos líderes mundiais.
O empenho diplomático nesta questão fez a iniciativa da conferência internacional mais abrangente ser retomada, mas a recusa da participação dos grupos de oposição tem bloqueado a sua realização.
Com informações do Voz da Rússia,
Da redação do Vermelho