Quem desmata a Amazônia?

Desde que o imperialismo colocou a questão ambiental como centro de sua tática de internacionalização da Amazônia, todos os fóruns internacionais que analisam esse tema tem sido recorrente em afirmar que “as queimadas amazônicas” se constituem no principa

Essa afirmação não encontra base na realidade. Segundo os especialistas cada hectare desmatado libera 100 toneladas de gás carbônico enquanto 01 hectare de floresta seqüestra 01 tonelada de CO2. Se considerarmos um desmatamento médio anual de 02 milhões de hectares – o INPE divulgou 1,4 milhões – concluiremos que as queimadas amazônicas emitem 200 milhões de toneladas de CO2 por ano. Mas os 350 milhões de hectares de floresta tropical seqüestram 350 milhões de toneladas de CO2, gerando um saldo de 150 milhões de hectares. Logo, conclui-se, a Amazônia limpa e não polui o meio ambiente como é alardeado.


 


 



Ademais, os 24 milhões de habitantes da Amazônia só necessitam de 6,6 milhões de hectares para produzir os alimentos de que necessitam, sendo 4,4 para produtos agrícolas e outros 2,2 milhões em “pastejo rotacionado” para criar o gado do churrasco. Essa área equivale a 1,2% dos 550 milhões de hectares da Amazônia.
Sem mencionar que a Amazônia não tem apenas floresta tropical úmida. Sua imensidão é ocupada, também, por savanas e várzeas, cuja fertilidade agrícola se assemelha ao mitológico rio Nilo. Apenas no estado do Amazonas estão catalogados 25 milhões de hectares de várzeas.


 


 



Em outras palavras.  Nós não precisamos retirar uma única árvore da floresta amazônica para garantir a produção de alimentos para toda a nossa gente. Usando apenas uma parte simbólica das savanas e várzeas era tarefa será plenamente exitosa. Agora, se quiserem nos transformar em provedor de alimentos (especialmente de carne bovina) para o restante do Brasil e boa parte do exterior aí talvez esses biomas efetivamente não suportem o volume da demanda.


 



Fica evidente, portanto, que não é para alimentar seu povo que boa parte de suas florestas viraram cinzas. Só o estado do Pará tem algo como 20 milhões de hectares de pastagem para criar o 5º rebanho do país; rebanho esse, aliás, que se destina a alimentar os habitantes das demais regiões do país e assegurar o saldo da balança comercial brasileira através da exportação de carne para todos os principais países do mundo.


 



Dessa forma, todos aqueles que, no Brasil ou no exterior, fazem apologia em defesa da floresta amazônica devem ter presente que a pressão está sendo enviada ao local errado. O produtor da Amazônia é conseqüência, não causa.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor