“Faz isso para o povo esquecer o desemprego recorde, o aumento da gasolina, energia, gás e da carne que sumiu da mesa dos brasileiros”, criticou a vice-líder da oposição, Perpétua Almeida (PCdoB-AC)
De acordo com levantamento da CPI, o contrato possui várias irregularidades como procuração falsificada do laboratório indiano Baraht Biotech, pagamento antecipado para empresa com sede em paraíso fiscal (Cingapura) e adulteração de invoices (fatura internacional)
O relator Renan Calheiros disse que é preciso investigar com mais profundidade as relações políticas e empresárias de Ricardo Barros com Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, e do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias
“Adotou o lema da máfia: o pacto do silêncio. Silêncio incriminador que não o livrará de responder por obstrução, perjúrio, falsificação de documentos e outros delitos”, disse o relator Renan Calheiros sobre o silêncio de Túlio Silveira
O depoimento do auditor do TCU Alexandre Marques complicou ainda mais a situação de Bolsonaro que teria adulterado um documento para diminuir o número de mortos pela Covid-19
Alexandre Marques diz na CPI que o presidente adulterou o documento para divulgar, irresponsavelmente, que metade das mortes registradas por Covid-19, em 2020, foi em decorrência de outros motivos não relacionados ao coronavírus
Ricardo Barros acusou a CPI de afastar os fabricantes de vacina e prejudicar a aquisição dos insumos quando quem ignorou as propostas da Pfizer, do Butatan e do consórcio Covax Facility foi o governo
O presidente e sua família defenderam o uso do medicamento para tratamento precoce da Covid-19 e ajudaram a elevar a venda do produto no país. É o que reconhece na comissão o diretor-executivo da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista, que depõe na CPI
Dirigente do Instituto Força Brasil (IFB), uma ONG que propagou fake news sobre Covid-19, o militar é suspeito de facilitar a negociação fraudulenta para a venda ao Ministério da Saúde de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca
O presidente da comissão, Omar Aziz, advertiu que Bolsonaro não tem o direito de ameaçar a democracia com desfile de tanques na Esplanada dos Ministérios
Por meio de uma nota lida na sessão da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse que o presidente não tem direito de usar a máquina pública para ameaçar a própria democracia que o elegeu
A convocação de Ricardo Barros foi sugerida pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). De acordo com o autor do requerimento, o líder do governo foi “mencionado pelo próprio presidente da República no cometimento de potenciais ilícitos no contexto de negociação e compra da Covaxin”