3° FESMAN

O 3° Festival Mundial de Artes Negras, deve ser realizado em dezembro de 2010, segundo a vontade do Presidente da República do Senegal, Sr. Maítre Abdoulaye Wade. O 1° Festival ocorreu em 1966 em Dakar e a 2ª Edição aconteceu em Lagos, Nigéria em 1977, após 33 anos e seguindo as recomendações do Congresso dos Ministros da Cultura do "Mundo Negro" reunidos em Dakar em 1980 tendo como tema "A renascença Áfricana" enfim será realizada a 3ª Edição do tão esperado Festival.

O Governo do Senegal propôe através do evento um dialogo com as diferentes culturas a fim de restaurar um humanismo que ajudará, segundo êle espera, á um médio e ou longo prazoa por fim ao terrorismo e á negação do outro.

Afinal foi essencial que todas as nações do mundo, quando aprovaram recentemente na UNESCO, a Convenção sobre a proteção e a Promoç? ?o da Diversidade Cultural, tenham percebido a necessidade imperiosa de aceitar o pluralismo cultural e a diferenças das Culturas. Ele pensa, com razão, que o diálogo cultural, se não erradicar, pelo menos, atenuará a dependência econômica da África e sua marginalização política. Aqui ele aposta suas fichas na Cultura como eixo do Desenvolvimento.

Pode-se discordar do carater enfático dado pelo Presidente do Senegal a estás expectativas, mas não pode-se discordar da importancia de um evento deste porte para introduzir ou re-introduzir o necessário debate sobre o Papel da Cultura Áfricana no mundo até hoje e muito menos que o Brasil seja parte integrante deste esforço importante. Seja por quê a nossa Cultura sofreu forte e marcante influência deste Continente ou seja por quê também desenvolvemos até com base nisso aspectos que mesmo sem negar as nossas origens passaram a agregar valores importante no próprio conceito de Cultura existente e m nosso país.

É impossivél não se considerar o aspecto político destacado da participação do nosso país na empreitada proposta. Afinal o Brasil foi indicado como participante de honra assumindo a Vice-Presidência do evento com grande e importante participação do ex-Ministro Gilberto Gil e do Presidente da Fundação Palmares, Zulú Araújo.

A participação do Brasil não deve e nem pode se limitar a delegação oficial que irá nos representar em DAkar. Até por quê é sempre bom contextualizar, nas naturais e até necessária influência politica Institucional na composição e mesmo no envio desta delegação. Só que temos mais coisas a fazer e a mostrar. Os nossos talentos são inumeros e diversificados. Embora bebamos todos da mesma fonte áfricana é mister considerar que tal participação precisa ser acima de tudo política. Que a questão cultural como vetor determinante e principal desta nossa relação considere em sua essencia que o papel que precisamos jogar em tal evento deve ser o de buscar construir uma unidade que permita a defesa das nossa origens sem desconsiderar que existem contradições importante a serem enfrentadas.

O Brasil sob a égide do Governo Lula tem dado uma atenção jamais vista a relação com o Continenete Áfricano, e isso é parte integrante da conduta avançada no trato da questão etnico-racial neste governo. Afinal a SEPIR, com Status de Ministério tem jogado papel decisivo neste esforço desenvolvido pelo governo. No entanto cabe as forças do movimento civil, organizado ou não, buscar participar contribuir e aprender. Desenvolvendo mecanismos para que o povo brasileiro saiba da importancia deste evento no Dakar, forçe a ajuda e contribuição do governo para que levemos até a àfrica em 2010 uma grande delegação de brasileiros de todos os estados possivéis. Pluralizando nossa delegação e mostrando ao mundo lá presente que nós temos contriuição a da r na luta por um mundo mais humano e uma África mais desenvolvida.

O Festival

A cultura negra tem encontro marcado com o mundo em dezembro de 2010, para um festival que envolverá milhões de pessoas e que atinigirá todo o Planeta. Será a celebração da força da criação durante um mês- Música, dança,moda,design, cinema, literatura, artes visuais, arquitetura, teatro – todas as dimensões contemporâneas da cultura negra estarão presentes no FESMAN 2010.

Através dos maiores artistas da África, da América e da Europa, concorrendo sob a bandeira de seus países, num espirito de emulação e de competição, o festival sustenta a força e a diversidade de uma criação artistica rica num capital de inovação multilingue e policultural sem precedentes na história. Com participantes de vários continentes e de 80 país es, O FESMAN 2010 anuncia um universo cultural que ultrapassa na atualidade, a fronteira nacional e se insere nas atuais tendências da cultura mundial, desde o Hip Hop, Jazz, ou Mbalax, até a escultura tradicional e contemporânea, associando poesia a literatura de renome internacional ou desmonstrando os interesses arquitetônicos de um abiente sustentavél. Elas concorrerão no conjunto das áreas artísticas e farão vibrar o planeta ao som de concertos excepcionais.

Por esta razão acredito que a participação brasileira pode e deverá ser marcante e contribuirá para o avanço da consciência política dos participantes.

OBS.: Feliz 2010 a todos. Sucesso, Conquistas e Vitórias que nos faça viver em Mundo melhor.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor