Amazônia & Canal do Panamá

Speak softly and carry a big stick (Fale com suavidade e tenha na mão um grande porrete). Esse provérbio, de inspiração africana, foi a base da política externa americana sob o comando de Theodoro Roosevelt.

Inspirado nesta doutrina, conhecida como “big stick” ou “grande porrete”, ele fortaleceu a indústria, o comércio e impôs a política americana. Invadiu países, transformou a América Latina em protetorado americano, mirou a América do Sul e a Amazônia em especial – por onde fez inclusive uma excursão – e financiou movimentos separatistas artificiais, especialmente na América Latina, com o objetivo de consolidar sua doutrina, segundo a qual só um país forte em todos os aspectos poderia existir.



Dentro dessa lógica e com o propósito de expandir o comércio dos Estados Unidos, os americanos decidiram construir um canal ligando o oceano pacífico ao atlântico na região do Panamá, então território colombiano, o que facilitaria o comércio e aumentaria a competitividade de seus produtos.



Mas o governo colombiano, por razões de soberania, não aceitava que construtoras estrangeiras fizessem a obra. Os americanos, então, forjaram o movimento separatista que em 1903 separou o Panamá da Colômbia. Em 1904 iniciaram a construção dos 81 km de canal, concluído em 1914 a um custo de 371 milhões de dólares.



Durante 85 anos eles exploraram o “canal do Panamá”, por onde passam em torno de 15 mil navios ao ano, pagando um pedágio superior a 1 bilhão de dólares.



Como se pode ver, o Panamá foi tomado da Colômbia para facilitar o comércio americano e assegurar o controle de uma região estratégica. Fato, aliás, que se repetiu no Iraque por conta de suas reservas de petróleo. E ainda tem gente que acha que a tese de “internacionalização da Amazônia” – o último espaço vital disponível do planeta, com 20% de água doce – é delírio da esquerda.

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