Bolsonaro no Jornal Nacional: a apneia da lorota

Sujeito sem empatia, mentiroso, desqualificado. Ele não esconde seus adjetivos.

Ilustração: Nando Motta

Foram 40 minutos de mentiras e lorotas.

Não precisa ler nas entrelinhas. Não precisa. Ele disse tudo às claras.

Não há meias palavras. Ele é a besta desqualificada, insensível.

Não há meio termo. Insano e inumano.

Não há segredos e nem mistérios. Sua maldade é explicita.

Sujeito sem empatia, mentiroso, desqualificado. Ele não esconde seus adjetivos.

Ele tem o dom de apodrecer o seu entorno. Sua fala fede. Seu hálito é enxofre puro.

Não percamos tempo em entender o que ele diz.

Não percamos tempo tentando buscar sanidade em quem é insano.

Ele não pediu perdão pelas mais de 400 mil mortes evitáveis devido à sua sabotagem na pandemia. Pelo contrário, ele manteve a convicção de que a matança foi culpa do destino.

Leia também: Por que Bolsonaro saiu menor do Jornal Nacional

E a economia? Ah, ela não existe. Aliás, existe no “mundo de Guedes”. Estamos na estagflação. E daí?

Bolsonaro é o Boko Moko (bocó + xarope) moderno. É o cara que não se convida para sua casa.

Bolsonaro conseguiu criar um clima de “guerra religiosa”, cooptando os pastores evangélicos que adoram Mamon. Ele fez renascer o fundamentalismo religioso arcaico e prosaico.

Não busquemos algo que não existe. Sua cognição é limitada. Sua movimentação é intuitiva.

O que esperar de um sujeito desse? O que esperar dessa forma sombria de ser humano?

O grande problema, para o futuro, não será sua figura patética.

O que está plantado é o seu veneno.

É este veneno inoculado por essa serpente traiçoeira na sociedade.

Ele continua bradando aos quatro ventos que não aceitará o resultado das urnas.

Ele não tem o poder (bem que queria ter) de evitar as eleições. Mas pode chafurdar e trazer instabilidade pós-eleitoral.

Por isso é mais do que necessário derrotarmos esse personagem soturno.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor