Dia do trabalhador e da trabalhadora – muito ainda por lutar

O mais importante ato, sem dúvida foi o que ocorreu em São Paulo, maior cidade da América Latina, e que contou com a participação de Lula

Neste último domingo, 01 de maio comemoramos mais um dia internacional dos trabalhadores e das trabalhadoras, data importante que marca a luta da classe proletária em todo o mundo.

No Brasil não poderia ser diferente, historicamente a esquerda se reúne em pontos chave das principais capitais do país para não deixar este simbolismo morrer, ainda mais em tempos de luta contra o fascismo.

O mais importante ato, sem dúvida foi o que ocorreu em São Paulo, maior cidade da América Latina, e que contou com a participação de Lula, ex-presidente e forte candidato ao posto de líder supremo da nação nas próximas eleições de outubro.

Buscando aglomerar a maior parte da oposição ao governo, a campanha petista tem se mostrado ainda tímida nas redes sociais em tempos de bolsonarismo, sendo fundamental que as recentes mudanças na equipe de comunicação da campanha comecem a gerar resultado o mais rápido possível.

A grande verdade é que a extrema direita aprendeu, e muito bem por sinal, a usar as redes sociais a seu favor. Com um misto de robôs, propagação de fake news e um exército de fanáticos, eles ainda estão à solta na internet, podendo repetir a triste história que vimos em 2018, elegendo o miliciano que atualmente ocupa o cargo de presidente.

É preciso inovar. A esquerda, liderada pelo PT, partido de Lula e maior agremiação política da América Latina, precisa dialogar com esta nova geração, muitos que irão votar pela primeira vez não lembram dos legados de seus governos, sendo facilmente capturados ideologicamente pela horda de fanáticos que fala exatamente a sua linguagem.

Se na década de 1980 as fábricas e os sindicatos eram as principais formas de organizar os trabalhadores, agora, indo para a terceira década do novo milênio, as coisas mudaram, muitos jovens mal assistem televisão, estando no YouTube, Instagram e Twitter a maior parte do tempo. Se não dialogar com esta importante camada da população, que inclusive está trabalhando na informalidade, será muito difícil Lula assegurar a sua vitória, mesmo sendo líder das pesquisas no presente momento.

Em minha opinião, o ideal seria que a coordenação de campanha tivesse uma equipe de especialistas só para realizar a campanha virtual, propagando as notícias, vídeos curtos e memes que fazem a curtição da garotada de maneira organizada e orgânica, é visível como muitos perfis progressistas nestas redes sociais ficam criando material próprio de maneira voluntária para tentar ajudar nesta guerra, mas a grande verdade é que sem organicidade nem sempre estas iniciativas pessoais dão certo, ou seja, não basta o voluntarismo e a militância, é preciso que a ação se dê maneira organizada, criando um exército de perfis progressistas capazes de fazer frente a horda bolsonarista.

Trago estas reflexões exatamente neste texto sobre o dia internacional do trabalhador e da trabalhadora exatamente porque avalio que este é o nosso maior desafio do presente para tirarmos do poder os milicianos que lá se instalaram, não será fácil, mas agindo de maneira organizada nas redes é possível diminuir esta dificuldade.

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