Zona Franca & Novos Horizontes

Sob a ótica da geopolítica não basta que um país pretenda ser “potência”. Para se candidatar a este posto o pretendente precisa reunir pelo menos 3 condições básicas: mercado consumidor próprio, economia diversificada e recursos naturais abundantes, o que

De maneira geral quem não reúne todas essas condições procura minimizar o efeito de suas limitações otimizando às suas qualidades.


 



O Amazonas, por exemplo, tem um mercado interno pequeno – mesmo sendo equivalente ao do Uruguai – e possui recursos naturais abundantes. Mas tem uma economia extremamente concentrada em torno do pólo industrial de Manaus.
Assim, sem descuidar da defesa intransigente da Zona Franca de Manaus e até para assegurar a sua estabilidade, é hora de se pensar seriamente na diversificação de nossa economia.


 



A construção do gasoduto Coari-Manaus e a licitação da “silvinita” (Nova Olinda e Itacoatiara) possibilitarão que o Amazonas instale uma planta petroquímica, gerando emprego, renda e, principalmente, diminuindo a nossa dependência de insumos e fertilizantes para o setor primário.


 



É um grande avanço, que se completará com a utilização racional de nossas várzeas e das áreas já degradadas para produzir alimentos e, ao mesmo tempo, elevar o nível de renda das 250 mil pessoas que vivem e trabalham no campo.


 



O excedente deve ser industrializado, agregando valor e verticalizando à nossa produção. Fábricas de peixe, de frutas, de energia alternativa (biodiesel e etanol), de féculas (goma desidratada) precisam urgentemente figurar no nosso planejamento estratégico executivo, nos debates legislativos, nos seminários e na pesquisa acadêmica, bem como nos encontros de trabalhadores.


 



Nenhuma região do mundo conseguiu se desenvolver sem uma atenção especial ao setor primário, o Amazonas certamente não tem esta pretensão.


 

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