"O nosso movimento é do Brasil. Católico,disciplinado e forte, contra a anarquia emque queriam que vivêssemos. Uma luta de Jesus contra Lenine".(Ibrahim Nobre. "Tribunodo Movimento Constitucionalista", em 12 dejulho de 1932)
Quando houve a cisão do movimento comunista em nosso país em 1962 – surgindo dois partidos –, poucos foram os militantes estudantis que optaram pelo PC do Brasil (PCdoB). A maioria ficou no PC Brasileiro (PCB), incluindo os participantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Centro Popular de Cultura (CPC) ligado àquela entidade. Contudo, após o golpe militar de 1964 começaram a ocorrer algumas mudanças nesse quadro.
"A tentativa de colocar um sinal de igualdade entre o regime nazista e o "comunismo" e, particularmente, entre Stalin e Hitler é bastante antiga. Esse foi o grande argumento da cruzada anti-soviética e anticomunista no pós-II Guerra Mundial. Para construí-lo muita tinta foi gasta por intelectuais tidos como libertários, como George Orwell, e que mais tarde seriam desmascarados como assalariados do Departamento de Estado norte-americano".
A Sexta-feira Sangrenta, como passou a ser conhecido aquele dia trágico, foi uma demonstração evidente do grau a que havia chegado o desgaste do regime militar junto à população dos grandes centros urbanos.
Faz cinco anos do falecimento do dirigente comunista Dynéas Aguiar. Tinha 81 anos de vida e 63 de militância ininterrupta.
Quando falamos em 1968 pensamos automaticamente no grande movimento de contestação juvenil que tomou as ruas das principais cidades da França, Alemanha, Praga, dos Estados Unidos, México e Brasil. Mas, não houve apenas um 1968 estudantil, embora este tivesse tido maior força e visibilidade. Existiu, também, um 1968 operário.
“Meu conselho é que esqueçam de maio de 1968. Por quê? Porque acabou! Foi extraordinário, formidável, mudou nossas vidas, mudamos a vida. Mas não vamos voltar ao tema eternamente” (Daniel Cohn-Bendit, 40 anos depois).
O ano de 1968 foi um ano emblemático. Nele, aflorou uma série de contradições que se encontravam latente na sociedade brasileira. Mais do que aflorar, diríamos que muitas delas explodiram naquele período. Este artigo procurará ajudar no desvendamento das origens da crise política que atravessou a ditadura militar naquele memorável ano. E isso não é possível sem nos determos no complexo problema da luta de classes, entendida não como simples expressão da polarização entre proletários e burgueses.
Logo após a publicação do Manifesto do Partido Comunista, em fevereiro de 1848, teve início na Europa aquilo que ficou conhecido como a Primavera dos Povos. Movimentos revolucionários de caráter popular eclodiram na França, Prússia, Áustria, Itália, entre outros. A Inglaterra também não ficou imune ao contágio revolucionário, ali o movimento dos operários cartistas se radicalizou.
No dia 10 de janeiro de 1948, apesar dos inúmeros protestos, um projeto decretando a cassação dos mandatos dos parlamentares eleitos pelo Partido Comunista do Brasil foi aprovado na Câmara dos Deputados por 179 votos contra 74. Oito meses antes o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por 3 votos contra 2, havia cassado o registro daquele partido. Estes foram os primeiros golpes que a democracia brasileira, recém-conquistada em 1945, sofreria. Outros viriam.
Há noventa anos, em 23 de agosto de 1927, Nicolau Sacco e Bartolomeu Vanzetti foram executados na cadeira elétrica numa prisão estadunidense. Este foi considerado um caso flagrante de erro judicial e causou enorme indignação. Manifestações de protesto ocorreram em todo o mundo. Mesmo sem provas, eles foram condenados à morte.
“O capitalismo não é menos necessário ao sindicalismo livre do que a água é para o peixe." A frase de Davi Dubinsky, dirigente da AFL-CIO, expressa bem a concepção que há muito predomina no movimento sindical dos Estados Unidos.