A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Jaime Sautchuk

Trabalhou nos principais órgãos da imprensa, Estado de SP, Globo, Folha de S.Paulo e Veja. E na imprensa de resistência, Opinião e Movimento. Atuou na BBC de Londres, dirigiu duas emissoras da RBS.
Moro finge de morto

É certo que boa parte da opinião pública já descobriu que Sérgio Moro, o ex-juiz herói da Operação Lava Jato, que parecia estar fora da política, é o político que agora virou ministro. E que a grande mídia nacional escondia suas ações ilegais, que incluem a invasão de privacidade de Lula e Dilma Rousseff, em 2016.

Faltou gente nas ruas

Em cinco meses de gestão tenebrosa, o novo governo apenas confirma que sua sina é andar pra trás. As manifestações de rua de domingo, dia 26, que eram pra se contrapor às marchas estudantis de dias antes, foram retumbantes fracassos – deram chabu.

Grande golpe no ensino

O corte nos orçamentos das universidades, escolas federais e instituições de pesquisa em todo o Brasil, que já anda navegando na casa dos bilhões de reais, não é um lance econômico pontual, passageiro. É um plano muito bem urdido de eliminação do ensino público e gratuito e das ciências no país.

Amazonia em conflito

Já era esperado, desde que Donald Trump virou presidente dos Estados Unidos, que o petróleo da Venezuela virasse o foco do vizinho do Norte. A maior reserva do mundo enterrada ali, na porta dos fundos dos EUA, não poderia ser de um país independente, com governo soberano, que não entrega suas riquezas assim, facilmente.

Governo em família

Faturar o prestígio dos avós na política já é costume na história recente do Brasil. Eduardo Campos seguiu o rumo de Miguel Arraes, Aécio o de Tancredo Neves e Fernando Collor o de Lindolfo, por exemplo. Mas, de todo jeito, cada um ao seu tempo, sem que se metessem nos governos dos mais velhos, bem diferente do que ocorre agora no país.

Adeus, Amazônia

O advogado Ricardo Salles, que assumiu o cargo de ministro do Meio Ambiente do atual governo, disse que nunca esteve na Amazônia e que já ouviu falar de Chico Mendes, mas “com histórias de todos os lados”. A ele, o fato do líder seringueiro ser reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) “não quer dizer nada”.

 Desastre mais que anunciado

As barragens de usinas hidrelétricas, mesmo as maiores e mais complexas do país, oferecem um padrão de segurança bem superior aos de lagos de resíduos de minérios. Estes, porém, pela legislação em vigor, deveriam ser temporários.

Militares já de prontidão

Encher os palácios e gabinetes de militares foi a forma que o novo governo federal encontrou de tentar se aproximar das Forças Armadas, de parecer militar. Isso trouxe vantagens e desvantagens aos novos donos do poder e aos representantes das casernas, que estão indecisos (ou perdidos) nos postos que ocupam.

 Tiro de festim

Tanto estardalhaço na campanha eleitoral, mas a tal liberação do uso de armas de fogo pelo ocupante do Palácio do Planalto, em Brasília, acabou sendo um tiro pra cima. Um faz de contas pra agradar a bancada da bala no Congresso Nacional e a indústria de armas. Medida de todo contraditória.

 Patadas internacionais

O governo que está em Brasília já demonstrou que os passos que tem anunciado na política externa do país não são de brincadeira. Já está claro que se trata de uma postura colonizada, nada altiva. O caso de Israel será fichinha perto do que está por vir.

O general acha pouco

 O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse que a quantia depositada pelo motorista Queiroz na conta da mulher do presidente eleito “é irrisória”. Sua desastrada declaração demonstra o quanto estará empenhado nessa função, em que ele será uma espécie de braço direito de seu chefe no Palácio do Planalto.

Direita dividida no mundo

O resultado das eleições no Brasil, com gestão a partir de janeiro, parecia dar sinais de que, de fato, a direita estaria ganhando força no Mundo. Doce ilusão. Mesmo tomando o poder até em países-chaves da Europa e das Américas, esses governos do atraso têm demonstrado desunião em temas centrais da atualidade.

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