A vitória alcançada nas últimas eleições representa mais que uma simples vitória eleitoral, ela consolidou um processo de transição que teve inicio em 2002 com a 1ª vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Nas particularidades da história do Brasil, onde as transformações sociais não se dão por rupturas, a continuidade de um processo de mudança social representa uma conquista de caráter estratégico. Consolidar essa transição é nossa tarefa fundamental.
Semana passada escrevi acerca da cidadania infanto-juvenil e a importância do Estado de Direito como garantidor da dignidade da pessoa humana. Face a repercussão do tema (lei da palmada), resolvi escrever novamente, mas por outro ângulo. Se houve uma indignação pela interferência do Estado, que visa garantir a dignidade de crianças e adolescentes, o mesmo não ocorre coma interferência da mídia na formação de nossas crianças.
Recentemente foi sancionada pelo Presidente da República a lei que proíbe a punição corporal em crianças e adolescentes. A sociedade iniciou um intenso debate acerca do tema, onde vários tipos de objeções foram levantadas, dentre elas a de que o Estado estaria interferindo na esfera privada, proibindo os pais de educar seus filhos. Entendo estar ocorrendo um equivoco neste debate, para um melhor enfrentamento desse assunto é necessário um olhar mais acurado do tema.
Se estivessem vivos Salvador Allende e Ernesto Che Guevara completariam, no próximo mês, cento e dois e oitenta e dois anos respectivamente. Resgatar a história desses dois ícones da vida política latino-americana não é apenas falar do passado baseado em algum romantismo saudosista. Falar do Companheiro Presidente e do Comandante Che é falar de resistência popular, de combatividade, de ousadia, de amor à vida, de justiça social, enfim, é falar da luta pelo socialismo.
Continuação do texto publicado na semana passada
Esse texto é a ultima parte – adaptada – do artigo "Direito e Marxismo: um encontro necessário", que elaborei com o escopo de iniciar um debate para atualizar a visão marxista acerca do direito.
Mais uma eleição se aproxima e parece que a história vai se repetir no Rio Grande do Sul: sem capacidade de ampliar o espectro de alianças, a esquerda caminhará sozinha novamente para mais um pleito estadual.