Os que me acompanham neste espaço há quase oito anos sabem que na última coluna do ano tento fazer algumas análises das perspectivas da região que chamamos de Oriente Médio para o ano seguinte. Não são previsões – e nem poderia, pois não sou profeta. São análises, construções de cenários possíveis, tendências. Vamos a elas, nesta que é a coluna de número 376.
A primeira versão do título desta coluna semanal seria Imigrantes em sua própria terra. Preferi estrangeiros. Trata-se de um fenômeno, que não é novo, que Israel vem submetendo os palestinos, que se sentem apartados, estranhos, estrangeiros na sua terra milenar.
Passou meio despercebido na grande imprensa, como sempre. Mas, o parlamento da Inglaterra aprovou e foi finalmente instalada uma Comissão de Investigação sobre a Participação do Reino Unido na Guerra do Iraque. E sobre esse assunto, quentíssimo, é que trataremos esta semana.
Conforme vimos fazendo, alternando entre as colunas de análise, vimos publicando algumas entrevistas pessoais, com companheiros(as) e camaradas que atuam na luta tanto dos palestinos como dos árabes em geral pela construção de um novo mundo, democrático e igualitário.
Em uma visita meteórica, de menos de 24 horas, esteve em nosso país, pela primeira vez na história, um chefe de Estado da Nação Persa. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad encontrou-se com o presidente Lula em Brasília no último dia 23 de novembro. A imprensa – que Paulo Henrique Amorim acertadamente chama de PIG, Partido da Imprensa Golpista – como sempre, o demonizou. Cabe-nos, neste espaço, tentarmos entender o porquê disso.
Fiquei contente quando li o artigo de Roger Cohen, no Herald Tribune, intitulado The Mideast Truce (1), cujo título republicado no Estadão foi “Acordo de paz cada vez mais distante”. Não que eu não queira a paz. Ao contrário.
É comum falarmos que os imigrantes árabes, e suas três gerações subseqüentes perfazem mais de 10 milhões de pessoas. Ou até mais do que isso. Documentos históricos, alguns oficiais arquivados na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro dão como certa a presença árabe no Brasil desde meados do século 19.
Esta semana resolvi colocar em dia algumas leituras pendentes da excelente revista Retrato do Brasil, dirigida pelo combativo jornalista de tradições democráticas Raimundo Pereira. Um desses excelentes artigo foi escrito pelos também jornalistas Armando Sartori e Yuri Martins Fontes.
Já fazia certo tempo queria retornar a esse país árabe ocupado em minhas colunas semanais. Precisava comentar sobre as “eleições” marcada para janeiro de 2010. Mas, agora, uma nova onda de atentado sacode o país, mostrando a completa fragilidade da segurança e o impasse sobre a saída dos soldados estadunidenses que ocupam a Nação árabe.
Na semana que passou, no dia 16 de outubro, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU aprovou, por ampla maioria – com o voto do Brasil – um relatório que condena Israel por crimes de guerra cometidos contra palestinos na Faixa de Gaza. Parece que o mundo desabou. Em cima dos palestinos. Protestos de Israel e a mídia saem em sua defesa. É assunto vital que comentamos esta semana.
Como todos sabem, meu foco nesta coluna é o Oriente Médio e o mundo árabe em particular. Mas, às vezes, temos que sair, tratando de outros temas, mas sempre de forma correlata. O tema desta semana, que não poderia deixar passar em brancas nuvens é o prêmio Nobel da Paz concedido ao presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, que deixou boquiabertos os verdadeiros defensores da paz no mundo.
Os jornais dos últimos dias elevaram – artificialmente, claro – o seu noticiário contra o Irã. Trata-se de diversas reuniões que aconteceram desde a semana passada, envolvendo negociações com o governo do Irã e um grupo composto de seis entidades/países. Achei esse tema o mais importante para comentar com meus leitores esta semana.