Qual a vida média de um pardal? Pergunto porque preciso identificar esse que pousou agorinha na janela do meu escritório, aqui em casa. Saltitante, irrequieto, mirou os meus olhos, observou o ambiente – e, sem nenhum sinal de me haver reconhecido, foi-se.
Dilma não é Lula é mais do que óbvio. Pelas trajetórias de vida e de militância bastante distintas, estilos, dimensão de liderança e por aí podemos esticar a lista de diferentes atributos entre ambos.
A hegemonia é condição sine qua non da direção – na luta política, sobretudo. Palmas para a corrente, grupo ou partido que a alcança. Sinal de competência, reflexo da capacidade de se sobrepor em ambiente complexo, pleno de contradições e entrechoques. Produto da clareza de propósitos e da habilidade tática.
Não sei em que nível mantiveram algum contato a presidenta eleita Dilma Rousseff e esses dois líderes de presença marcante na História recente do Brasil, João Amazonas e Miguel Arraes. Mas há uma linha de convergência entre o pensamento dos três.
Nas duas gestões consecutivas do prefeito João Paulo, no Recife, de quem fui com muita honra o vice-prefeito, adotamos como rotina recepcionar novos funcionários concursados com uma breve conversa, na qual discutíamos temas relevantes que incidem sobre a gestão pública. Na minha fala, invariavelmente introduzia a questão de gênero, que incluo entre os pilares de um governo de sentido popular e democrático.
Nas duas gestões consecutivas do prefeito João Paulo, no Recife, de quem fui com muita honra o vice-prefeito, adotamos como rotina recepcionar novos funcionários concursados com uma breve conversa, na qual discutíamos temas relevantes que incidem sobre a gestão pública. Na minha fala, invariavelmente introduzia a questão de gênero, que incluo entre os pilares de um governo de sentido popular e democrático.
Segundo turno, reta final da peleja pela presidência da República, cotejam-se índices de preferência do eleitorado sob múltiplos ângulos – dentre eles, as diferenças regionais. O Nordeste desponta, tal como no primeiro turno, como fator importante, talvez decisivo, na quebra de braço entre Dilma e Serra.
Ao final do debate na Rede Band de Televisão, o senador Sérgio Guerra (PSDB) de Pernambuco, presidente nacional dos tucanos, saiu-se com essa belezura: o centro da campanha no segundo turno deve ser a questão do aborto, e não o tema das privatizações destacado por Dilma.