Na verdade, deve muitas autocríticas perante o povo brasileiro. Mas será cobrar em excesso que faça todas. Por hora, basta uma.
A pergunta me ocorreu ao intervir em aparte ao vereador Josenildo Sinésio, líder do governo na Câmara Municipal, que fazia longa prestação de contas das realizações do prefeito João da Costa e equipe nos seus seis primeiros meses de atuação, sob questionamento da bancada oposicionista
A pergunta vem a propósito de dar o tom da conversa, no do programa de entrevistas Opinião Pernambuco, na TV […]
Tudo é uma questão de perspectiva. Ou quase tudo. Pelo menos quando se trata da luta imediata em torno de bandeiras que nos parecem corresponder às exigências do desenvolvimento do país. As reformas estruturais, por exemplo: a agrária, a tributária, a urbana, a educacional, a política e a dos meios de comunicação.
Sobre a necessidade de se considerar a realidade como ela é, e não como a idealizamos, já se disse e se escreveu muito. Dependendo do estado de humor ou do ambiente, se austero ou descontraído, tanto podemos citar Plekhanov, para quem se deve lutar “com as quatro patas assentadas na realidade” ou o amigo poeta e ex-companheiro de cadeia Marcelo Mário de Melo, que costuma dizer que o problema de uma certa esquerda atuante no país é justamente “a maldita realidade, que teima em mudar”.
Não é propriamente na crise do Senado, mas no noticiário sobre o assunto. Dou um doce a quem achar na grande mídia qualquer observação sobre a verdadeira questão que está em jogo quando senadores oposicionistas e governistas trocam mútuas acusações de práticas incorretas – ou seja, a disputa pela presidência da Casa.
Essa é uma expressão popular muito comum em terras nordestinas e sugere que ninguém fique zanzando por aí sem saber nem ter o que fazer, à margem das coisas que dão sentido à vida.
Na luta política e social há reivindicações que, analisadas racionalmente, são alcançáveis no curto prazo, desde que se tenha condição política para tanto. E como condição política é algo que depende da correlação de forças na sociedade, o que poderia ser possível agora termina sendo projetado para depois.
O desafio de todo partido político que verdadeiramente pretenda influir no curso dos acontecimentos é sustentar um discurso que tenha aderência na realidade. E que seja compreendido por extensas camadas da população. Fora disso, ou é o vazio, ou o doutrin
“Vejam só, os comunistas desejam implantar no Brasil um regime cubano!”, escutei um comentarista da Rádio CBN afirmar outro dia a propósito do que considera uma utopia (sic) irrealizável em nossa terra.
Programas partidários são importantíssimos – embora pouco interesse despertem na mídia e aos olhos do grande público. E, sejamos justos, mesmo em parte das legendas existentes no país, que os têm apenas para cumprir exigência da Justiça Eleitoral.
Se tem uma coisa que ninguém paga de bom grado é imposto. No Brasil, a tributação é regressiva (e injusta): quem recebe menos de dois salários mínimos e é empregado em alguma empresa recolhe mais imposto do que os ricos e donos dos meios de produção. É o