A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Mauricio Pestana

Jornalista, preside o conselho editorial da revista Raça Brasil e é analista para áreas de Diversidade e Inclusão do jornal da CNN
África

África dos mistérios profundos, da ancestralidade humana, dos eternos desafios, do tráfego negreiro e das guerras de ontem e hoje. Da pujança, da tecnologia, dos recursos minerais infindáveis e da secular cobiça ocidental. Dos grandes líderes Nelson Mandela, Samora Machel, Patrice Lumumba e Winnie Mandela.

Ações afirmativas

É dever do poder público trabalhar e dar exemplos de como construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde a presença negra deveria ir muito além do futebol e do samba, onde somos sempre lembrados e protagonistas. Temos também de estar nos laboratórios de ciência, nas universidades, nas grandes corporações e nos meios de comunicação, entre outros espaços.

Mobilidade e exclusão

Um dos maiores problemas da atualidade nos grandes e médios municípios brasileiros é a mobilidade urbana. Nossas metrópoles receberam milhares de veículos nas últimas décadas, com os bons ventos da economia e o financiamento fácil de automóveis.

Maju

Enfrentar o racismo no Brasil há algumas décadas era tarefa das mais árduas por conta da complexidade que o tema exigia. Além de denunciar a existência de algo imperceptível para pessoas de pele branca, o problema também parecia inexistente para boa parcela de negros, tornando a luta quase inglória.

Nosso Herzog da atualidade

O século 20 foi considerado o século das imagens. Algumas marcaram de forma significativa a história da humanidade. Outras mudaram de forma radical a nossa história. Quem se esquece da imagem dos atletas negros, estadunidenses, que, nas Olimpíadas do México, em 1968, levantaram os braços com punho fechado em protesto contra o racismo nos Estados Unidos?

Igualdade racial 

Desde a sua fundação, São Paulo sempre deu abrigo e oportunidades para imigrantes de diversas partes do mundo.

A cor da Justiça

Na última terça-feira, dia 9, uma notícia mexeu com o meio jurídico. Foi aprovado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a cota de 20% para negros nos concursos públicos, para juízes e servidores públicos do judiciário. A medida é um importante passo para uma maior imparcialidade racial no delicado sistema de decisões judiciais, no qual há indícios de desequilíbrio entre negros e brancos, onde o primeiro tem mais chance de ser condenado, como relata Sergio Adorno em pesquisa na década de 1990.

Afetividade

A semana em que o comércio varejista entra em campo em mais uma tentativa de reverter o quadro nada animador de desaquecimento econômico, foi antecedida por uma polêmica que agitou o meio publicitário e as redes sociais.

Luciana

O que faria uma mulher quase cinquentona, negra e nordestina, num final de semana em São Paulo? Muitos diriam se ocuparia do cotidiano dos filhos, netos, enfim, da rotina, ou do preparo para o reinício de mais uma semana árdua e pesada em algum trabalho habitualmente destinado as milhares de mulheres negras e nordestinas da capital econômica do país

O lado bom da crise

Crises, do grego krísis, ato de separar, julgamento, evento, momento decisivo. Não há quem não tenha vivenciado uma. Das diversas formas de crises, existencial, social, econômica ou política só existem duas certezas: que elas não persistem para sempre e que é possível sairmos fortalecidos. As crises são momentos de rupturas e geram reflexões e aprendizados. As lições suscitadas por uma crise servem como amadurecimento. As reflexões alimentam utopias e esperanças.

Jovens

Em 2006, nos Estados Unidos, auge da guerra contra o Iraque, uma imagem me marcou. Era de jovens, nos aeroportos por onde passei, engolidos por fardas e coturnos que partiam para a guerra. A maioria jovem, uma espécie de vingança adulta contra aqueles que detêm a força, a energia e a impetuosidade.

Periferização Global

Observar os acontecimentos nos Estados Unidos, onde me encontrava em viagem na cidade de Washington, vizinho a Baltimore, epicentro das manifestações antirracista, vivenciar depois protestos em Nova York e, assistir de lá, pela TV, o massacre de professores em Curitiba, fizerem-me refletir que não basta hoje estar em Washington ou em Curitiba considerada exemplo de modelo de primeiro mundo. O distanciamento entre ricos e pobres, tem potencializado conflitos em qualquer território.

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