Neste 11 de janeiro, dia nascimento de Sérgio Porto, os resumos biográficos falam que Stanislaw Ponte Preta era o seu pseudônimo, quando mais próprio seria dizer que esse era o heterônimo. A simples ou quase simples razão é que, sob a pele de Stanislaw Ponte Preta, Sérgio Porto cresceu para a fama ao criar o imortal FEBEAPÁ, o Festival de Besteiras que Assola o País.
Entre as notícias leves da semana, esteve a de Alexandre Garcia, ou Alexandre Eggers Garcia, virar porta-voz de Bolsonaro. Depois, Garcia procurou esclarecer a informação, com a eterna modéstia que não lhe falta.
Neste fim de 2018, sinto que estamos divididos entre a esperança e a grande angústia.
O emocionante espetáculo “Soledad, a terra é fogo sob nossos pés” acaba de ganhar o Prêmio Pernalonga de Teatro na categoria Espetáculo Solo, em Pernambuco. Trata-se de um justo reconhecimento para a melhor representação teatral dos últimos tempos no Recife. A produção, onde se irmanam Malú Bazan, Márcio Santos, Lucas Notaro e Ñasaindy Barrett, filha de Soledad, tem na atriz Hilda Torres um momento raro de reencarnação de uma guerreira.
"Não é fácil falar sobre uma vida invisível, como Dona Jacira tão bem fala. No livro, há iluminações geniais que fazem uma reflexão madura sobre a arte da escrita".
"O futuro ministro interpreta com absoluta falta de educação o livro que o gênio de Cervantes escreveu".
Nesse 22 de novembro, foi comemorado com justa razão o Dia do Músico. Construo a partir desse motivo esta coluna.
A memória das pessoas, na quase totalidade dos casos, não está nos livros. Para o pesquisador, é preciso sempre aliar a pesquisa livresca ao conhecimento vivo de entrevistas, conversas, acenos de recuperação de acontecimentos vividos.
Para a chamada Escola Sem Partido, é preciso escrever sobre os atrasos que virão para o ensino e o pensamento brasileiro. Na medida de minhas possibilidades, chamo atenção para alguns desastres anunciados.
Nestes dias, nestas horas de ressaca da luta, os momentos em que refletimos ou procuramos refletir sem mágoa são raros. Não é nem que nos falte vontade. Queremos pensar, mas nos faltam as chamadas condições íntimas que nos movam e reflitam a verdade. E ficamos assim meio parados entre o desalento e a fúria, enquanto o Brasil afunda num mar fascista, sob covardia, fraude e omissão. Será este um sentimento tão só do autor?
Ontem, nas ruas do Recife, o sentimento era de um projeto de felicidade. Na caminhada até o Pátio do Carmo para o comício, o clima era de alegria. Tão diferente do clima de raiva, de ódio, de mortes e ameaças doe Bolsonaro, o clima nas passeatas e movimentos para Haddad no Recife é de alegria. Um dos atos mais comuns foi cantar e sorrir. E como se cantaram canções! Como se criam fácil, como a militância transforma gritos de guerra em melodia: