Para evitar qualquer suspense artificial, respondo logo: não existe, não pode nem deve existir qualquer limite para a expressão artística. Admitir o contrário seria o mesmo que pôr limites à aventura e ventura do pensamento humano.
Augusto Boal nasceu em um 16 de março de 1931. Lembro que na sua morte, em 3 de maio de 2009, escrevi sobre ele e sua militância:
Wilson Carneiro da Cunha nasceu em 2 de março de 1919 e faleceu em 17 de agosto de 1986.
Há um sentimento que unifica mulheres grávidas primeiro. É um anterior coração que bate no peito da gente sem que a consciência organizada o compreenda. Quero dizer, vinha um impacto antigo ao ver a gravidez de Nelinha no Pátio de São Pedro, quando ali conversávamos eu, Vargas e Alberto.
O horror, o terror continua vivo, 45 anos depois dos acontecimentos da ditadura brasileira. E a indignação em silêncio forçado também, como veremos a seguir.
Se a vida pudesse ter a imagem de um ponto da curva, de inflexão num só instante, eu diria que me aconteceu um no sábado de carnaval. Estávamos eu e Francêsca no Mercado da Boa Vista, ali por volta de uma da tarde, sentados a uma mesa, quando vi na multidão que ondulava as pessoas de Alanir Cardoso e Nevinha. O quê, eram eles?
Do livro “A guerra não tem rosto de mulher”, de Svetlana Aleksiévitch, copio:
“E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu”.
Sem dar os nomes do PT e do presidente Lula, pois assim manda a elipse, ou a hipocrisia dos discursos dirigidos, assim falou nesta semana a presidenta do STF, ministra Carmen Lúcia:
Na semana que passou, fui a Fortaleza lançar o romance “A mais longa duração da juventude”. Ali, com o apoio de Paulo Verlaine, Associação Cearense de Imprensa e Associação 64/68 Anistia, recebi luzes além do sol.
Em 8 de novembro do ano que não passou ainda, um vídeo do jornalista William Waack começou a rodar na internet. Nele, Waack aparecia em Washington, nos Estados Unidos, incomodado com um homem que buzinava. E fez este comentário:
Selene brilha como uma luz única. Ela é toda uma pessoa só repleta de atração. Numa sociedade machista, dir-se-ia que ela nem precisava falar. A sua existência mulher seria condição suficiente de eloquência. Mas enganado seria quem a visse ao modo de musa dos anos de mil e quinhentos. Em 1970, com a sua face mal iluminada pela luz frágil do bar, Selene é de outro gênero de beleza.