Desde que começou a campanha eleitoral para nos Estados Unidos, especialistas em política internacional não previram “nada de bom” para a América Latina no caso de triunfar qualquer um dos dois candidatos – Hillary Clinton e Donald Trump – e muito menos com a vitória da segunda opção. O cientista político alemão Andreas Boeckh, professor emérito da Universidade de Tübingen, havia advertido: “nenhum dos dois candidatos estão para que a América latina celebre”.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) prevê retração de 0,9% no Produto Interno Bruto da região em 2016. Segundo a entidade, diante da recessão, a taxa de desemprego chegou a 9,2% no 1º semestre, ante 7,6% em igual período de 2015. Paralisado pelo boicote à gestão de Dilma Rousseff e agora sob o comando de Michel Temer, o Brasil teve a pior taxa da região para o período – 12,4% de desempregados, um aumento de 3,5 pontos percentuais em relação ao 1º semestre de 2015.
“A América Latina é, ao mesmo tempo, o continente mais urbanizado e também o mais desigual do mundo e a gente não pode fechar os olhos para isso”, explicou Rayne Ferretti, encarregada brasileira do Programa da ONU para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). Os estudos apontam que até 2050 86% da população do continente será urbana, mas este desenvolvimento nas cidades não significa redução nas desigualdades.
Em entrevista ao Café na Política, o politólogo Moniz Bandeira, que vem de lançar o livro A Desordem Mundial, pela Civilização Brasileira, conclui que os Estados Unidos já perderam a guerra na Síria e na Ucrânia. Por isso, se metem agora a derrubar os governos progressistas do Brasil, Argentina e Venezuela.
No entanto, para as economias da América Central a expectativa é de uma taxa de crescimento de 4% para 2017, acima dos 3,7% projetados para 2016. Caso seja considerada a América Central mais o México, as projeções são de 2,5% para 2016 e de 2,6% para 2017. No Caribe de língua inglesa ou holandesa, a estimativa é de crescimento médio de 1,4% para 2017, cifra que contrasta positivamente com o recuo esperado de 0,3% em 2016.
Que pese os embates da crise econômica pela baixa das matérias-primas, incluída o petróleo, a Rússia vem realizando hoje um reforço paulatino dos laços comerciais com América Latina.
Parece que ficam poucas dúvidas de que na Argentina, Brasil, Paraguai e Honduras a política econômica neoliberal de seus atuais governantes está devolvendo a fome e a miséria aos que dessas mazelas foram tirados, como diria o teólogo Leonardo Boff.
Por Luis Manuel Arce Isaac*
A celebração da 17ª Cúpula do Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal) nas ilhas Margarita, na Venezuela, demonstra o prestígio da pátria de Bolívar e Chávez entre os 120 governos integrantes da agrupação diante da feroz campanha anti-Venezuela a injúria midiática dos centros imperialistas. Vale recordar que a decisão de escolher Caracas para acolher a reunião e assumir a presidência do Mnoal até a próxima cúpula, em 2019, foi tomada por unanimidade.
Por Ángel Guerra*
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) participou nesta terça-feira (20) da 9ª Sessão Plenária da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana (Eurolat), em Montevidéu, no Uruguai, onde convocou os países membros a se unirem numa luta sólida para derrotar o neoliberalismo porque esta é a única forma de garantir “a sobrevivência da própria humanidade”.
Com o objetivo de continuar comprometida com a Proclamação da América Latina e o Caribe como Zona de Paz, começou nesta quarta-feira (21) em Havana, o Primeiro Seminário Internacional dedicado a avaliar as realidades e os desafios desse documento, assinado durante a 2ª Cúpula da Celac em 2014, também em Havana.
Delegações do Brasil, Barbados, Argentina, Equador, Equador, El Salvador, México, Nicarágua, Peru, Porto Rico e Venezuela, se reúnem em Cuba nesta quarta-feira (21) para o primeiro Seminário Internacional “Realidades e Desafios da Proclamação da América Latina e o Caribe como Zona de Paz”.
Em artigo publicado nesta terça-feira (13) pela colunista Silvia Ayuso, o jornal espanhol El País descreve como os governos da América Latina têm se tornado cada vez mais apreensivos com as promessas dos candidatos estadunidenses à presidência dos EUA.