Na sexta-feira (31), em uma entrevista coletiva de seu presidente, Ilan Goldfajn, o Banco Central anunciou que o governo vai promover a “modernização da remuneração do BNDES”. Em verdade, foi anunciado uma despedida, um claro e direto aceno: “Adeus ao BNDES”.
Quem critica o custo para o Tesouro das linhas de financiamento do banco público nunca menciona o impacto fiscal das absurdas taxas de juros do Brasil.
Por Pedro Paulo Zahluth Bastos
Como o governo Temer ensaia desmantelar um dos maiores bancos de fomento do mundo.
Por Renan Truffi *
Dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgados na última terça (31) mostram uma redução de 35% no volume de crédito concedido pela instituição em 2016. Para o economista Guilherme Delgado, o encolhimento do principal banco de desenvolvimento do país é “preocupante” e torna “ainda mais difícil” a retomada do crescimento econômico. “A realidade da recessão não se acabou e vai se aprofundar com esse tipo de austericídio”, avalia.
Os números divulgados agora à tarde pelo BNDES são trágicos quanto à perspectiva de retomada do investimento e, portanto, da própria atividade econômica no país.
Por Fernando Brito
Circula no BNDES um e-mail assinado pela Associação dos Funcionários do banco de fomento que denuncia o "desmantelamento" da instituição a partir de decisões nada democráticas que serão adotadas pela diretoria empossada a partir da ascensão de Michel Temer (PMDB) ao poder.
Os R$ 100 bilhões entregues pelo banco ao Tesouro “poderiam estar sendo utilizados justamente para o investimento e o crescimento”, diz o presidente da Caixa Econômica Federal no primeiro mandato de Lula.
Por Eduardo Maretti
O governo golpista se supera, a cada dia, em seu propósito de inviabilizar o futuro do Brasil. Na véspera do Natal, o Estadão publicou matéria relatando que estão em curso discussões sobre mudanças na taxa de juros adotada pelo BNDES. Querem, em empréstimos de longo prazo, aproximar a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) da Selic e das taxas praticadas pelo mercado que remuneram títulos da dívida pública.
Por Sandra Brandão*
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara solicitou ao Ministério da Fazenda informações sobre os critérios técnicos que embasaram a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de devolver antecipadamente, aos cofres públicos, o montante de R$ 100 bilhões referentes a empréstimos concedidos nos últimos anos pelo Tesouro Nacional ao banco.
O banco sofre a politização, dispensa 100 bi por ordem superior, irrita a indústria e só quer privatizar.
Por André Barrocal
Para Carlos Lessa, um projeto nacional tem de promover o trabalho e o emprego. Ex-presidente do BNDES, ele teme que o banco hoje atue para “vender barato o patrimônio que custou caro aos brasileiros”
O Ministério Público do Distrito Federal afirmou que os atrasos do governo nos repasses de auxílio de taxa de juros de financiamentos do BNDES, chamda de "pedaladas fiscais", do governo da presidenta eleita Dilma Rousseff não configuram operação de crédito nem uma prática criminosa, e decidou arquivar, nesta sexta-feira (8), o procedimento criminal.