Nem mesmo uma enxurrada de recursos de estímulo econômico – da ordem de trilhões de dólares – será suficiente para conter as sequelas de países que preferiram o genocídio à ciência e à vida
O governo que mais violou os direitos humanos no Chile, desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), é o atual, do megaempresário neoliberal Sebastián Piñera. A definição é da diretora da Anistia Internacional Ana Piquer, e está respaldada por outras entidades, como a Human Rights Watch, e por números da própria entidade e do Instituto Nacional de Direitos Humanos do Chile (INDH). Por Victor Farinelli, para o Brasil de Fato
Aplicações e bens do ditador serão devolvidos aos cofres públicos do Chile
O ataque à sede do Comitê Central do Partido Comunista do Chile, nesta terça-feira (10), gerou um imediato movimento de solidariedade. Sete partidos comunistas da América do Sul assinaram uma declaração conjunta condenando o ataque. Leia, abaixo, a íntegra.
A sede do Comitê Central do Partido Comunista do Chile foi invadida nesta terça-feira (10). Os criminosos levaram equipamentos e vandalizaram as salas. Para os comunistas chilenos o acontecimento é “parte de uma escalada de violência cujo único objetivo é deter os democráticos e legítimos protestos populares que estão ocorrendo em todo o Chile”. Leia a íntegra do comunicado do PC do Chile.
Em entrevista ao canal TVN neste domingo (1), presidente chileno disse não se sentir intimidado “por ações judiciais impulsionadas pela esquerda”.
Na manhã desta quinta-feira (16), um grupo de trabalhadores do canal público TVN (Televisão Nacional do Chile), ocupou o estúdio do programa de debates matutino “Muy Buenos Días”, que transmitia ao vivo, para fazer um protesto contra a forma como o canal vem cobrindo as manifestações no país desde o início da revolta social no país.
Muitas das revoltas populares nos países da América Latina são provenientes da insatisfação popular diante das medidas de governos ultraliberais.
“É válido aprendermos algo com os erros cometidos para não repeti-los, e ter um 2020 de acumulação política e social”
Antes do início das manifestações diárias, o país viveu dez meses de turbulências econômicas que servem para explicar o que aconteceu depois, embora sejam os mesmos problemas que o país enfrenta há décadas
O relatório da missão enviada pela Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, ao Chile, conclui que “existem razões bem fundamentadas para sustentar que, em 18 de outubro, houve um alto número de violações direitos humanos sérios”.
"Não é necessário repetir que não existe uma única causa, ou alguma causa necessária, que explique a “revolta latina” que começou no início do mês de outubro."
Por José Luis Fiori*