No dia 11 de setembro de 1973 o Exército do Chile derrubou o presidente democraticamente constituído Salvador Allende. O golpe de Estado levou à morte, aos 65 anos, do líder socialista e deu começo ao genocídio de milhares de chilenos.
A polícia militar chilena prendeu 200 pessoas que participavam do protesto estudantil por mudanças na educação em Santiago, informou o comandante da Zona Metropolitana na última quarta-feira (29). Luis Valdés também afirmou que 13 policiais ficaram feridos em decorrência de confrontos com manifestantes.
O movimento estudantil do Chile conseguiu reunir nas ruas de Santiago na terça-feira (28) cerca de 150 mil manifestantes contra o modelo de gestão da educação pública do governo de Sebastián Piñera. A passeata encerra um agitado mês de agosto no qual alunos de ensino médio ocuparam diversos liceus da capital para exigir que o Estado não mantenha nas mãos das prefeituras a administração das escolas.
Uma nova marcha pela Educação teve início na manhã desta terça-feira (28) nas principais cidades do Chile. Convocada pela Confech (Confederação dos Estudantes do Chile), organizações de ensino médio e também pela CUT (Central Unitária de Trabalhadores), a manifestação ocorre em um momento em que o apoio popular ao movimento estudantil não se encontra na melhor fase. O início dos protestos estava marcado para as 11 horas locais (12 horas de Brasília).
Organizações sociais do Chile continuam somando-se à convocatória de paralisação nacional de professores prevista para esta terça (28), fechando um mês de intensos protestos contra o caráter privatizador do modelo educacional.
Milhares de estudantes voltaram a sair às ruas no Chile para pedir um ensino público gratuito e de qualidade. Em Santiago, os protestos juntaram mais de 10 mil pessoas e houve pelo menos 139 detenções, segundo as forças de segurança.
Ocupações de colégios e greves de fome, feitas por vários estudantes, esboçam os ânimos dos estudantes. Um micro-ônibus com carabineros ocupou o principal colégio público do Chile, uma imagem que recordou a ditadura e irritou ainda mais os estudantes.
A Coordenadora Nacional dos Estudantes Secundários do Chile convocou marchas para a próxima quinta-feira (23) no contexto de uma nova jornada nacional de protestos contra o modelo educacional do país.
Um porta-voz dos estudantes secundaristas chilenos assegurou que os protestos e as ocupações realizadas nos últimos dias não são violentas, e que os confrontos só ocorrem quando há repressão policial.
Cerca de 200 estudantes chilenos foram detidos nas últimas 72 horas em operações de desocupação policial em colégios tomados pelos jovens que querem uma educação universal e gratuita.
Movimentos sociais chilenos convocaram uma manifestação na próxima semana, em Santiago, para solicitar uma nova Constituição para o país, através do chamado a uma Assembleia Constituinte. O protesto está anunciado para a próxima sexta-feira (24) nas imediações da sede do Congresso Nacional.
O filme “No”, baseado no referendo que, em 1998, conduziu à saída do poder o ditador Augusto Pinochet , estreou no Chile sem a mesma repercussão que teve no festival de Cannes, onde ganhou o voto popular.