Uma nova marcha pela Educação teve início na manhã desta terça-feira (28) nas principais cidades do Chile. Convocada pela Confech (Confederação dos Estudantes do Chile), organizações de ensino médio e também pela CUT (Central Unitária de Trabalhadores), a manifestação ocorre em um momento em que o apoio popular ao movimento estudantil não se encontra na melhor fase. O início dos protestos estava marcado para as 11 horas locais (12 horas de Brasília).
Organizações sociais do Chile continuam somando-se à convocatória de paralisação nacional de professores prevista para esta terça (28), fechando um mês de intensos protestos contra o caráter privatizador do modelo educacional.
Milhares de estudantes voltaram a sair às ruas no Chile para pedir um ensino público gratuito e de qualidade. Em Santiago, os protestos juntaram mais de 10 mil pessoas e houve pelo menos 139 detenções, segundo as forças de segurança.
Ocupações de colégios e greves de fome, feitas por vários estudantes, esboçam os ânimos dos estudantes. Um micro-ônibus com carabineros ocupou o principal colégio público do Chile, uma imagem que recordou a ditadura e irritou ainda mais os estudantes.
A Coordenadora Nacional dos Estudantes Secundários do Chile convocou marchas para a próxima quinta-feira (23) no contexto de uma nova jornada nacional de protestos contra o modelo educacional do país.
Um porta-voz dos estudantes secundaristas chilenos assegurou que os protestos e as ocupações realizadas nos últimos dias não são violentas, e que os confrontos só ocorrem quando há repressão policial.
Cerca de 200 estudantes chilenos foram detidos nas últimas 72 horas em operações de desocupação policial em colégios tomados pelos jovens que querem uma educação universal e gratuita.
Movimentos sociais chilenos convocaram uma manifestação na próxima semana, em Santiago, para solicitar uma nova Constituição para o país, através do chamado a uma Assembleia Constituinte. O protesto está anunciado para a próxima sexta-feira (24) nas imediações da sede do Congresso Nacional.
O filme “No”, baseado no referendo que, em 1998, conduziu à saída do poder o ditador Augusto Pinochet , estreou no Chile sem a mesma repercussão que teve no festival de Cannes, onde ganhou o voto popular.
Líderes estudantes chilenos continuam acrescentando argumentos contra um projeto de reforma tributária em trâmite legislativo, defendido pelo governo como via de financiamento a educação.
O atual prefeito de Santiago do Chile e candidato à reeleição, Pablo Zalaquett, criou uma polêmica nesta segunda-feira (13/08) ao ameaçar estudantes secundaristas que participam de ocupações em escolas.
A criação dos CEOLs, em fevereiro de 2012, e a maneira silenciosa com a qual o governo chileno tem feito avançar suas medidas à respeito do lítio têm servido também para unir diversos movimentos sociais que antes o consideravam um aspecto menor dentro da problemática da mineração no Chile, e alguns até mesmo ignoravam sua importância – que hoje é quase unânime.