Beijos apaixonados e simultâneos. É dessa forma que os estudantes chilenos — em protesto contra o sistema de educação do país — pretendem burlar a proibição a manifestações públicas e protestar contra o governo do presidente Sebastián Piñera.
No Chile, estudantes, professores, servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada organizam, para os próximos dias, vários protestos nas principais cidades do país. O governo do presidente chileno, Sebastián Piñera, é alvo de críticas e reivindicações nas áreas de educação, saúde e legislação trabalhista. As manifestações ocorrem há cerca de um mês e a próxima está marcada para o dia 11.
O subsecretário chileno da Educação, Fernando Rojas, disse nesta sexta-feira (01) que o presidente Sebastián Piñera apresentará nos próximos dias o projeto de reforma da educação, que estará centrado no "financiamento estudantil".
Estudantes, professores, acadêmicos, trabalhadores e cidadãos chilenos em geral protagonizam hoje uma nova jornada de mobilização nacional em defesa da educação pública e gratuita.
A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) e o sindicato dos professores organizam nova paralisação nacional na próxima quinta-feira (30), em defesa da educação pública e gratuita.
A Prefeitura de Santiago, capital do Chile, declarou estado de pré-emergência ambiental nesta segunda-feira (27) em todo o município devido aos altos níveis de poluição registrados. O anúncio pode obrigar a cidade a conter a circulação de parte dos 310 mil automóveis e ainda desligar algumas das 800 indústrias instaladas na região.
Na manhã de 11 de setembro de 1973, o então presidente do Chile Salvador Allende inauguraria na sede da UTE (Universidade Técnica do Estado), em Santiago, uma mostra composta por 18 painéis – produzidos por nove artistas locais – que alertavam para o perigo de uma guerra civil e da instalação de um regime fascista no Chile.
A imagem mais imponente que se repetirá nesta sexta-feira nas capas de todos os jornais chilenos serão as 70 mil pessoas, segundo cifras oficiais (100 mil, segundo os manifestantes), que nesta quinta (16) saíram para protestar na principal avenida de Santiago: a Alameda.
Especialistas chilenos afirmaram nesta quarta (15), durante conferência na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que o país apresenta grave quadro de desigualdade socioeconômica. A renda familiar da população mais rica chega a superar em até 78 vezes a da população mais pobre.
A Confederação de Estudantes do Chile e o Colégio de Professores protagonizam, nesta quinta (16), uma greve nacional para exigir uma mudança estrutural profunda no sistema de ensino, marcado pelo lucro e a exclusão.
Os quatro indígenas mapuche presos no Chile decidiram, na quinta-feira (9), pelo fim da greve de fome que levavam desde o dia 15 de março. Ramón Llanquileo, José Huenuche, Héctor Llaitul e Jonathan Huillical passaram 87 dias em jejum em demanda de um julgamento justo.
Em Santiago do Chile, há muitas universidades, 80% delas privadas. Até aí nenhuma grande diferença da realidade brasileira em que 75% das vagas do ensino superior são oferecidas na rede privada. Mas no Chile, mesmo as universidades públicas são pagas. Essa realidade faz parte da política do governo Piñera para a educação.
Por Mateus Fiorentini*