Cacique Aruã, presidente da Federação Indígena FINPAT, espera por providências imediatas de segurança pública.
Na luta pela reforma agrária, pela defesa e promoção dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, muitos destes e suas lideranças tombaram pela bala do latifúndio Brasil afora. A morte sistemática de dirigentes sindicais rurais, religiosos, advogados e militantes de partidos de esquerda colocam em evidência a impunidade no campo e requer resposta política das autoridades competentes.
Por Cleber Rezende*
Depoimentos emocionantes marcaram o ato que homenageou o ex-deputado João Batista, assassinado há 30 anos no Pará, a mando da União Democrática Ruralista (UDR. O ato político, realizado nesta quinta-feira (6), foi uma iniciativa da ex-deputada Sandra Batista, viúva de Batista, e realizado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Pará em conjunto com a Fundação Mauricio Grabois (FMG).
Segundo dados Pastoral da Terra, 70 pessoas foram mortas em áreas rurais do Brasil. Pará lidera o ranking de assassinatos no País.
A presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, decidiu nesta quinta-feira (27) suspender a ordem de reintegração de posse de fazendas ocupadas por indígenas da etnia pataxó, em Prado, no sul da Bahia.
As mudanças na Ouvidoria Agrária Nacional, responsável pela mediação de conflitos agrários, está gerando preocupação entre os movimentos sociais. O fim do órgão é uma das consequências da extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que teve grande parte de suas funções incorporada à Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento agrário (Sead).
Os movimentos populares e de direitos humanos lançaram uma nota repudiando a violência no campo em Rondônia. Além disso, denunciam as investigações policiais sobre os fatos e a ineficiência da Justiça, que fortalece a impunidade e agrava o quadro.
No dia 25 de agosto, o ruralista Marcos Prochet deveria ter sido julgado pela segunda vez, considerando que o primeiro julgamento, que resultou em sua condenação de 15 anos, foi cancelado. Prochet é acusado de matar o trabalhador rural sem-terra Sebastião Camargo, em 1998.
Cerca de 100 fazendeiros e pistoleiros do Mato Grosso do Sul, insatisfeitos com as propriedades ocupadas por índios que pedem a demarcação de suas terras na região, foram até o local em que o grupo acampava na noite desta terça-feira (14) e chegaram atirando. Houve confronto. Um índio morreu e oito ficaram feridos, entre eles, um criança de 12 anos que levou um tiro no abdômen, passou por cirurgia e está internada em um hospital da região.
A direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra da região central do Paraná emitiu nota na noite desta quinta-feira (7) denunciando o conluio entre pistoleiros e policiais militares para atacar um grupo de trabalhadores acampados em uma estrada, provocando a morte de pelo menos dois trabalhadores e vários feridos.
O presidente do PCdoB-PA, Jorge Panzera, e o deputado estadual Lélio Costa compareceram ao programa Brasil Urgente, da RBA TV/Band, e falaram sobre o assassinato de Luis Bonfim, presidente do partido em São Domingos do Araguaia, ocorrido na sexta feira (12). Panzera destaca que a “impunidade é um combustível” que fomenta os crimes agrários na região onde ocorrem muitos conflitos no campo e afirma que o partido cobra a investigação e a punição de quem está envolvido na morte do líder comunista.
O presidente do PCdoB de São Domigos do Araguaia (PA), Luis Antonio Bonfim, foi assassinado nesta sexta sexta feira (12). A direção estadual dos comunistas repudiou o crime e cobrou rigorosa apuração.