Dois aspectos são essenciais no debate sobre o Plano Nacional de Consumo e Cidadania, que Dilma Rousseff criou em março de 2013 a fim de tratar a proteção do consumidor como política de Estado. O primeiro é sua premência devido aos abusos impunes que a esfera do lucro comete contra a esfera da coletividade. O segundo é a suspeita em torno de que Rousseff reforce a formação dos brasileiros como consumidores em vez de cidadãos.
Por Bruno Peron*, em seu blog
A animação She Who Measures (2008) — tradução possível: "Ela, a que mede" –, do diretor croata Veljko Popović, reflete sobre a cultura do consumismo. "Somos verdadeiramente livres? Criamos os nossos próprios desejos ou eles são apenas uma construção da sociedade em que nascemos? Há uma chance de escapar depois de tudo?", diz o lead do vídeo. Vale ver pela consistência do tema e a beleza estética da obra de Popović.
Nossas crianças estão sendo silenciosamente envenenadas por ingerirem bebidas e comidas nocivas. Todas amplamente anunciadas na TV e na internet, de modo a criar hábitos perenes de consumo.
Por Frei Betto*
Vendas acima da capacidade de atendimento e consequente atraso na entrega em compras online são uma frequente causa de estresse entre os consumidores. No final do ano, então, quem compra pela internet fica ainda mais refém de prazos não cumpridos. Uma rede varejista “garante” que os produtos comprados em seu website seriam entregues na data prevista, caso contrário concederá frete gratuito durante um ano. Defenda-se!
Eu juro que achei que essa insanidade da Black Friday nunca aportaria em terras tupiniquins. Talvez pela impossibilidade da tradução direta do termo gerar algo que faça sentido por aqui. Ou pelo fato de que, ao contrário do que acontece no Grande Irmão do Norte, não comemoramos um Dia de Ação de Graças – feriado conectado com a sexta-feira de grandes descontos – e só mandamos perus para a guilhotina no Natal. No que pese eu preferir lombo e tender.
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog
Mais de 300 lojas virtuais participam da megaliquidação Black Friday, que promete descontos de até 75% em eletrônicos, eletrodomésticos e até em passagens aéreas e pacotes de viagem. Tradicional nos Estados Unidos, a super liquidação de 24 horas acontece no Brasil há três anos. No entanto, organizações de defesa do consumidor alertam para as pegadinhas e também para não se deixar levar já que o fim de ano é uma época em que há um grande endividamento.
Que tal ficar um dia inteiro sem comprar nada? Esse é o desafio lançado por organizações de defesa do consumidor nas redes sociais para este sábado (24), quando se comemora o Dia Sem Comprar (Buy Nothing Day, em inglês), no dia seguinte às liquidações conhecidas como Black Friday.
A diferença de comportamento do Brasil e da China quanto à conduta perante a crise financeira internacional ilustra bem as distintas estratégias a respeito de modelos de crescimento e desenvolvimento econômicos. O Brasil parece ter engatinhado ao longo das últimas décadas, enquanto a China alcançou níveis até então inimagináveis de crescimento de seu PIB.
Por: Paulo Kliass, em Carta Maior
“Qual Dia das Crianças vamos dar para nossos filhos?” é o questionamento feito pelo Coletivo Infância Livre de Consumismo, que convida os pais a refletir sobre o que dar aos seus filhos nessa data comemorativa. Tudo isso porque a data se aproxima e já é possível perceber a profusão de apelos publicitários querendo transformar um produto qualquer no sonho de consumo da garotada.
No coração da selva do Petén, no que atualmente é a Guatemala, no cume do Templo IV, joia arquitetônica legada pelos maias do Período Clássico, duas jovens turistas norte-americanas.
por Marcelo Colussi*
O 1º Seminário Infância Livre de Consumismo, com o objetivo de discutir uma legislação para proteger as crianças brasileiras do consumismo, será realizado nesta segunda-feira (9), na Câmara dos Deputados. “A ganância do capital não tem limite e tem usado a mídia e as redes sociais para propagandear os mais diversos produtos, influenciando as crianças”, criticou o deputado Domingos Dutra, presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), promotora do evento.
Quando se fala em receita keynesiana para enfrentar a atual crise financeira mundial, a direita a rejeita sob o argumento de que o déficit e a dívida pública devem ser contidos a qualquer custo, e nunca aumentados mesmo que para financiar a retomada, pois disso dependeria a recuperação da confiança do mercado em refinanciar os governos, especialmente em países, como os da área do euro, nos quais os tesouros nacionais estão desvinculados do banco central.
Por J. Carlos de Assis*