Aneel aprova reajuste na conta de luz em quatro estados do Nordeste (RN, SE, BA e CE), logo após Bolsonaro propagandear que o consumidor não precisaria mais pagar a bandeira tarifária.
Depois de seis meses em que os brasileiros pagaram R$ 14,20 extras a cada 100 kWh consumidos, outras faturas serão repassadas à população em breve
“Certamente esse empréstimo que o governo autorizou não será suficiente para bancar esses custos e tudo isso vai ser repassado para a gente após as eleições”, diz professor
Mesmo com ministro Vital do Rêgo apontando “erros grotescos”, maioria do TCU formou posição favorável aos valores para a venda da estatal. Se for privatizada, contas de luz ficarão cerca de 17% mais cara
Nove em cada dez dizem estar preocupados com a possibilidade de racionamento ou de apagões no futuro próximo, e 70% acreditam que houve descaso do governo Bolsonaro na crise
Defensores ouvidos pela agência de notícias britânica dizem que, nos últimos meses, tem aumentado o número de casos de furto famélico e de quantias ínfimas que chegam às instâncias superiores, como STJ e STF. O volume seria um reflexo do aumento da fome no país e do desemprego.
Estimativa consta de documento interno da agência reguladora ao qual o ‘Estadão’ teve acesso; a Aneel calcula que o rombo deixado pela crise hídrica será de R$ 13 bilhões até abril de 2022, sem contar a fatura da importação de energia.
Deputados criticam elevação da bandeira tarifária que torna a conta de luz 6,78% mais cara para as famílias. Aumento também terá impacto para pequenas indústrias, que mal conseguem recuperar perdas acumuladas na pandemia.
Em discussão ainda está um possível bônus para grandes consumidores (grandes empresas, indústrias, shopping centers) que reduzirem o consumo.
“É difícil pensar que o preço da energia vai aliviar nos próximos meses”, diz o economista Marco Caruso
O governo Bolsonaro e o Centrão não se restringiram a autorizar a privatização da Eletrobras: pretendem vender a investidores o direito de encarecer nossa conta de luz e nos obrigar a pagar novamente por ativos que já pagamos.
Energia deve seguir pressionando. Última vez que IPCA alcançou dois dígitos foi em 2015, quando ficou em 10,67%. Antes, havia fechado em 12,53% em 2002.