Estimativa consta de documento interno da agência reguladora ao qual o ‘Estadão’ teve acesso; a Aneel calcula que o rombo deixado pela crise hídrica será de R$ 13 bilhões até abril de 2022, sem contar a fatura da importação de energia.
Deputados criticam elevação da bandeira tarifária que torna a conta de luz 6,78% mais cara para as famílias. Aumento também terá impacto para pequenas indústrias, que mal conseguem recuperar perdas acumuladas na pandemia.
Em discussão ainda está um possível bônus para grandes consumidores (grandes empresas, indústrias, shopping centers) que reduzirem o consumo.
“É difícil pensar que o preço da energia vai aliviar nos próximos meses”, diz o economista Marco Caruso
O governo Bolsonaro e o Centrão não se restringiram a autorizar a privatização da Eletrobras: pretendem vender a investidores o direito de encarecer nossa conta de luz e nos obrigar a pagar novamente por ativos que já pagamos.
Energia deve seguir pressionando. Última vez que IPCA alcançou dois dígitos foi em 2015, quando ficou em 10,67%. Antes, havia fechado em 12,53% em 2002.
No ano passado, o governo optou por usar água dos reservatórios da bacia do Paraná esperando poder recompô-los com as chuvas no fim de 2020 e início de 2021. No entanto, as chuvas não vieram.
Cobrança passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos e será aplicada a partir de julho até novembro deste ano
Pela decisão, a taxa na conta de luz passa de R$ 6,243 por 100 kWh para R$ 9,49 por 100 kWh.
Segundo o governo, pode haver uma redução de 6,3% da conta de luz. Mas especialistas discordam dessa previsão
O alerta foi feito pela economista e diretora do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), Clarice Ferraz
Segundo o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, tarifa da bandeira vermelha, hoje em R$ 6,24 para cada 100 kWh consumido, ficará acima de R$ 7.