Trabalhadores de três dos países mais afetados pela crise da dívida soberana europeia organizaram nesta quinta-feira (4) uma série de atos em reação às medidas de austeridade fiscal que os governos de Portugal, Espanha e Grécia têm adotado para se submenter aos aportes financeiros da Troika (grupo formado por Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia).
"Dívida: paga-se ou paga-se”. Ela foi gravada em nós a ferro e fogo; é como uma dessas máximas que, ao ser repetida inúmeras vezes, se converte em verdade absoluta. Porém, isso é correto? E se a dívida hipoteca nosso futuro? E se a dívida não foi contraída por nós? Então, por que pagá-la?
Por Esther Vivas
Com maior ou menor nível de consciência e, consequentemente, assumindo formas mais ou menos organizadas, grandes mobilizações populares e lutas sindicais marcam a atualidade nos países mais duramente atingidos pelas políticas da União Europeia, onde a situação social e económica continuamente se deteriora e é cada vez mais grave, como acontece na Grécia, em Portugal ou em Espanha.
Por Pedro Guerreiro, no jornal Avante!
Karl Marx não descansa em paz. O pensador do século passado foi arrastado com toda força para o novo milênio. O mundo editorial anglo-saxão que o diga! Em 2011 saíram, entre outros, How to Change the World: Tales of Marx and Marxism, de Eric Hobsbawm e Why Marx Was Right, de Terry Eagleton.
Motivos: falta de pagamento do aluguel ou das prestações do financiamento imobiliário (hipoteca); só no primeiro trimestre deste ano, 46.559 despejos foram registrados, diante da crise que assola o país. Desde 2008 ocorreram quase 400 mil despejos.
O sistema bancário brasileiro demonstra solidez e está preparado para enfrentar eventuais choques, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao primeiro semestre deste ano, divulgado nesta terça-feira (2) pelo Banco Central (BC).
Os bancos espanhóis precisariam de 59,3 bilhões de euros (76,3 bilhões de dólares) em capital extra para voltarem a ser saudáveis em um cenário de forte recessão, disse nesta sexta-feira (28) uma auditoria independente sobre 14 bancos feita pela consultoria Oliver Wyman, auxiliada por quatro grandes auditores sob a supervisão do Banco Central da Espanha e FMI (Fundo Monetário Internacional).
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da França foi nulo (0%) no segundo trimestre de 2012 em relação ao precedente, segundo dados publicados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INSEE). Gastos públicos maiores e investimentos de empresas compensaram uma queda nos gastos das famílias e uma balança comercial negativa.
O economista americano Joseph E. Stiglitz, prêmio Nobel em 2001, não está otimista em relação à recuperação dos Estados Unidos e acha que a crise global está longe de terminar. Segundo ele, o anúncio feito na semana passada pelo Federal Reserve (Fed), de mais medidas de estímulo na expectativa de combater o desemprego, mostra que "o Fed reconhece que a economia americana não está indo bem".
O anúncio de novas medidas de austeridade para 2013 por parte do Governo mostra com clareza o compromisso do PSD/CDS-PP em prosseguir o cumprimento do pacto de agressão, não obstante as manobras de Paulo Portas/CDS para delas se distanciar e o corrupio de declarações críticas de reconhecidos apoiantes e executores desta falsamente designada “ajuda externa”.
Por Fernanda Mateus*, no jornal Avante!
A grande crise financeira de 2008, com o colapso do Lehman Brothers desencadeou um fenômeno com múltiplas dimensões. A crise e o quase colapso do sistema financeiro são o núcleo de uma erupção vulcânica que desencadeou a chamada Grande Recessão de 2008/09, seguida da crise de dívidas soberanas na Europa e causaram uma série de outras mudanças paradigmáticas.
Por Yoshiaki Nakano*
O prêmio Nobel de Economia e professor da Universidade Princeton Paul Krugman disse que há um longo caminho a percorrer para que sejam solucionados os problemas dos EUA e Europa. "Mário Draghi, presidente do BCE, comprou um bom tempo com suas ações, mas a crise está longe de acabar no continente", disse.