O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta sexta (5) que o Brasil é um dos países mais bem preparados para enfrentar a crise econômica mundial. Segundo ele, no entanto, é preciso que o país tenha cautela ao lidar com a situação.
A profunda crise por que passa a chamada zona do euro pode ser analisada sob diversas perspectivas. Mas chama a atenção um aspecto particular: a baixa sincronia existente entre os elementos político-institucional e econômico-financeiro no processo de construção da União Européia (UE).
Por Paulo Kliass*, na Carta Maior
A perspectiva de nova recessão global, agravada por uma crise sem precedentes na zona do euro — que arrasta Espanha e Itália —, arrasou os mercados nesta quinta-feira (4). As enormes quedas das bolsas, puxadas pelas ações de indústrias e de commodities, lembraram os dias de pânico que marcaram o desenrolar da crise financeira de 2008.
O suposto vigor da recuperação norte-americana parece estar diminuindo, à medida que consumidores e o governo cortam seus gastos. É o que dizem cinco de nove economistas da comissão acadêmica responsável pela datação das recessões nos Estados Unidos.
O deputado Lula Morais fez uma análise, nesta quarta-feira (03), sobre a crise econômica que abala os Estados Unidos. Segundo o deputado, a crise se deve principalmente às disputas internas entre republicanos e democratas que precede as eleições presidenciais.
Em pronunciamento no Plenário da Câmara, o Deputado Federal João Ananias (PCdoB) lembrou que as crises econômicas do mundo capitalista globalizado geram preocupações porque acabam atingindo os países em desenvolvimento. Ele destacou que o problema não está apenas nos Estados Unidos, mas na Europa. “Encontramos uma crise exposta, clara, na Grécia, Espanha, Irlanda e Portugal, que também passa pela Inglaterra, Alemanha, Itália e países nórdicos”, observou.
Vamos começar com a questão mais óbvia: se os governos aumentam a sua dívida no processo de executar programas que o Congresso já aprovou, por que teria o Congresso ainda uma outra opção de impedir o governo de continuar estas despesas autorizadas, recusando-se a elevar o teto de endividamento?
Por Michael Hudson*, em Counterpunch
"O mundo está endividado. O mundo está em crise. Quer você se interesse ou não pelo assunto, isto já virou lugar comum. A novidade? A dívida não é consequência de um sistema econômico mal gerido, como o noticiário sugere. A dívida é a própria natureza do nosso sistema econômico." Assim começa o filme animado Money as Debt (2006 – Canadá), de Paul Grignon, que explica como o dinheiro se tornou uma riqueza fictícia.
A profunda crise da economia dos Estados Unidos, que após impasse no Congresso norte-americano, aumentou o teto da dívida daquele país em US$ 2,1 trilhões, é, na opinião do deputado João Ananias (PCdoB-CE), sinal claro de exaustão do modelo capitalista. Em discurso no plenário da Câmara, nesta terça-feira (2), o parlamentar anunciou que “o capitalismo exauriu sua capacidade de superar sua histórica crise, que vem se avolumando e se alastrando para nações ‘top de linha’”.
Nos últimos dias, os rendimentos dos títulos soberanos espanhóis dispararam. Ontem, os papéis com prazo de dez anos ultrapassaram os 6% no mercado secundário. Isso implica um forte aumento do custo de refinanciamento de dívida antiga e de captação de dinheiro novo e coloca a Espanha como "bola da vez" da crise financeira, no mesmo caminho da Grécia, Irlanda e Portugal.
Em meio a críticas das centrais sindicais, que não aceitam medidas que restrinjam os direitos sociais, o governo federal lançou, nesta terça-feira (2), a nova política industrial denominada Plano Brasil Maior. No vídeo institucional e nos discursos, o governo diz que as medidas vão garantir o desenvolvimento sustentável do país e impedir que a crise econômica internacional alcance o Brasil.
Quando principiou a segunda década do século 21, a economia estadunidense não se recuperara da Grande Recessão iniciada em dezembro de 2007. O fracasso da recuperação econômica verificou-se apesar do maior estímulo fiscal e monetário da história do país.
Por Paul Craig Roberts*