O desemprego caiu em menos estados em julho do que nos últimos três meses, um sinal de abrandamento do ritmo do crescimento do emprego.
O professor da Universidade de Londres, Alfredo Saad Filho, ministra aula inaugural no curso de Mestrado em Economia, da Universidade Federal da Bahia – Ufba, no próximo dia 19, às 9h30, no auditório do PAF I, em Ondina. A crise econômica e financeira mundial, desencadeada em 2007 a partir do colapso do mercado imobiliário nos Estados Unidos, e os seus agravos na Europa em 2010 é o tema da palestra.
A História ensina-nos e hoje a vida confirma-o uma vez mais: não há impérios eternos. No entanto, é inevitável que a actual crise civilizacional “conduzirá ao desmoronar do capitalismo ou a uma era de barbárie”. Generalizar a compreensão do presente momento histórico por um sempre crescente número de pessoas é uma tarefa imperativa que nenhum revolucionário pode recusar.
Por Miguel Urbano Rodrigues*, em O Diário.info
Há três anos, o capitalismo mundial vive um novo período de crise extensa, grave, profunda, que afetou principalmente os países capitalistas desenvolvidos. O epicentro da crise situa-se nos Estados Unidos, revelando não só as tendências regressivas do capitalismo, como o insofismável fato de que os desequilíbrios da economia estadunidense se irradiam para todo o mundo e provocam uma instabilidade geral.
O presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) Ben Bernanke, disse nesta quarta-feira (21) que a economia dos Estados Unidos enfrenta perspectivas "atipicamente incertas", acrescentando que o banco central está pronto para adotar mais medidas para impulsionar o crescimento se for necessário.
A crise global não dá sinais de se resolver. Os sobressaltos nos mercados financeiros e as más notícias nos setores reais da economia indicam que as coisas poderiam piorar. Alguns analistas já se questionam abertamente se o mundo se encaminha para uma réplica da Grande Depressão dos anos 30.
Por Alejandro Nadal, no Informação Alternativa
Entre janeiro e maio, as multinacionais brasileiras fizeram mais investimentos diretos no exterior do que as empresas estrangeiras no Brasil: esses valores foram, respectivamente, de US$ 11,16 bilhões e de US$ 10,68 bilhões. Além das oportunidades surgidas em decorrência da crise nos países desenvolvidos, as políticas cambial, financeira e tributária do governo brasileiro são um incentivo para as múltis locais interessadas em ampliar suas bases globais.
As fortíssimas pressões dos governos europeus sobre os direitos sociais, salários e pensões estão a levantar uma vaga de protestos em vários países, cujos trabalhadores recusam ser reduzidos à pobreza.
Várias palavras identificam os militantes das políticas de ajuste sobre os grupos vulneráveis da sociedade, mas uma os delata sem possibilidade de dissimulação nestes tempos de crise internacional: “austeridade”. Diante da sucessão de descalabros sociais nas últimas décadas, mencionar o termo ajuste começou a provocar certa prevenção, embora não poucos economistas mantenham sua atitude fundamentalista de não ocultá-lo.
Por Alfredo Zaiat, no Página 12
Tradução: Carta Maior
A crise financeira que atingiu a economia mundial a partir 2008, também abalou os cofres dos doadores internacionais e colocou em risco vários projetos de saúde pública em toda a África. Grande parte do orçamento do setor dos países do continente vem de fora. Além de subvenções de governos, vários projetos de organizações não governamentais são financiados com doações privadas internacionais.
O pior na zona do euro foi evitado, mas os riscos persistem. O alerta é do economista brasileiro Paulo Nogueira Batista Jr., diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), onde representa o grupo integrado pelo Brasil e mais oito países. Em entrevista ao Diário Catarinense, ele alerta que o Brasil não está imune.
A crise econômica mundial fez o número de desempregados no mundo subir de 178 milhões em 2007 para 212 milhões em 2009 (6,6%). Os números são da OIT (Organização Internacional do Trabalho). ligada às Nações Unidas, que realizou sua conferência esta semana. A OIT adverte que as medidas de austeridade a pretexto de conter déficits públicos pode aumentar ainda mais a taxa de desemprego mundial.