Crise na pandemia pode afetar por nove anos salário e emprego dos brasileiros, principalmente dos menos qualificados.
Segundo Clemente Ganz Lúcio, consultor do Fórum das Centrais Sindicais, nos meses seguintes a taxa de desemprego tende a melhorar, mas grau de recuperação é incerto e ocupação precária seguirá em destaque.
Taxa de desocupação (14,7%) do trimestre móvel de fevereiro a abril de 2021 se manteve no recorde da série histórica, iniciada em 2012
É o pior resultado para negociações coletivas desde que o Dieese começou a fazer o acompanhamento, em 2018.
Índice de Qualidade do Trabalho analisa dados de escolaridade e observa maior participação de trabalhadores qualificados na mão de obra, durante a pandemia.
Número de estabelecimentos caiu de 200 mil para 120 mil no país. Mais de 330 mil bares e restaurantes fecharam, com extinção de 1,3 milhão de postos de trabalho.
O desemprego atual é recorde, mas o volume recente de transações na B3 também. Esta é apenas uma das inúmeras contradições de um dos países mais desiguais do mundo.
Análises apontam a contradição entre o crescimento de 1,2% do PIB e o desemprego, desigualdade e inflação em alta, com piora das condições de vida do brasileiro.
O desastroso governo Bolsonaro negou vacinas e relutou todos os ensinamentos científicos para o enfrentamento à pandemia. Disse inúmeras vezes que preferia proteger a economia. Pois é, deu tudo errado.
De acordo com o IBGE, o único aumento na ocupação ocorreu entre os trabalhadores por conta própria (23,8 milhões).
Somando a força de trabalho potencial e os desalentados, taxa seria maior que os 14,7% divulgados na Pnad Contínua, do IBGE.
Na comparação com o 4º trimestre de 2020, houve uma alta de 6,3% (ou de mais 880 mil pessoas) na fila por emprego