Um relatório lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) desta terça-feira (14) aponta que a desigualdade social entre regiões de uma mesma cidade diminuiu em pelo menos oito capitais brasileiras nos últimos cinco anos, porém a diferença entre os bairros ainda continua grande. Para os especialistas do órgão, o caminho mais eficiente para reverter o quadro é investir em educação.
É muito comum no Brasil, principalmente depois da ascensão de parte da população com os programas de transferência de renda do governo, algumas pessoas recorrerem ao conceito de “meritocracia”. Essa ideia é, normalmente, utilizada para criticar as medidas sociais usando a justificativa de que todos têm as mesmas oportunidades e que o mérito verdadeiro – o sucesso profissional, por exemplo – depende unica e exclusivamente do esforço individual.
Em onze anos, o percentual da população negra de baixa renda que também registrava privações em outras áreas, como baixa escolaridade ou acesso reduzido a serviços e bens, caiu 86%. O dado consta de levantamento feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com base em metodologia do Banco Mundial, que considera várias dimensões a pobreza, além da renda.
Pesquisa divulgada, nesta sexta-feira (20), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) explora a redução da desigualdade socioeconômica após 2004. Segundo o estudo, a partir de 2004, as famílias, em especial as de baixa renda, foram amplamente beneficiadas pelo aumento da renda total fomentado pela geração de empregos formais, pelo incremento dos níveis de renda individual induzido pelas políticas públicas de salário mínimo, de proteção social e de transferência de renda.
A nova geração chamada de nem-nem: 70% deles (jovens que nem estão no mercado de trabalho, nem na escola) fazem parte das famílias representadas dentro dos 40% mais pobres.
Por João Vitor Santos – IHU
Durante participação do programa Roda Viva, da TV Cultura, o economista francês informou que está em curso novos estudos brasileiros sobre desigualdade de renda, que começam a ter acesso a dados inéditos da Receita Federal, desde 1963. Análises preliminares apontam para uma redução da desigualdade na base mais gorda da pirâmide e aumento da desigualdade em relação aos 10% mais ricos.
A organização não governamental britânica (ONG) Oxfam informou, nesta segunda-feira (19), que, em 2016, o patrimônio acumulado pelos mais ricos do mundo – 1% da população mundial – vai ultrapassar o dos restantes 99%. "A parte do patrimônio mundial detida por 1% dos mais ricos passou de 44% em 2009 para 48% no ano passado e vai ultrapassar os 50% no próximo ano."
Segundo estudo da organização não-governamental britânica Oxfam, os recursos acumulados pelo 1% mais rico do planeta ultrapassarão a riqueza do resto da população em 2016. A maior parte da população é dona de apenas 5,5% das riquezas mundiais.
As diferenças entre os setores ricos e pobres da população cresceram durante os últimos 30 anos, revelou nesta terça-feira (8) em sua sede na França a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Para além do medo e da insegurança que pairam sobre a vida moderna, cresce a sensação de que há algo que segue mal. O que soma diminui e o que é mais nos faz menor! Cresce a desumanização no processo civilizatório. O trabalho urgente de reflexão complexa perde espaço para instantaneidades vaporizadas de um clique.
Por Clemente Ganz Lúcio*
Os indicadores socioeconômicos das regiões metropolitanas brasileiras melhoraram entre 2000 e 2010 e mostram redução das disparidades entre metrópoles do norte e do sul do país. Os dados constam do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, divulgado nesta terça-feira (25), fruto de parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na noite desta sexta-feira (19) uma correção da análise de dados e microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada na véspera, o que levou a erro em alguns resultados das estimativas. O índice de Gini, por exemplo, que mede a desigualdade no país, em 2012 estava em 0,496 e, em 2013, caiu para 0,495, o que mostra redução na desigualdade, ao invés do aumento para 0,498 divulgado na quinta-feira.