O Dia pela Dignidade das Vítimas do Genocídio contra a União Patriótica foi marcado em Bogotá com uma grande marcha e mesas de debate sobre o conflito na Colômbia, seus impactos para a América Latina e os rumos do processo de paz. Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, participou com balanços do conflito, dos diálogos e da luta por justiça, denunciando a influência do imperialismo estadunidense no respaldo às elites oligárquicas e a militarização de todo o continente.
O terceiro grupo de vítimas do conflito armado colombiano chega nesta quarta-feira (1º/10) a capital de Cuba, onde acontecem os diálogos de paz entre a delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do governo do presidente Juan Manuel Santos. As partes debatem os direitos daqueles que foram afetados diretamente pelo confronto, trata-se do quinto ponto da agenda estabelecida para as negociações.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo do presidente Juan Manuel Santos confirmaram neste domingo (17) durante as conversações de paz que se realizam em Havana, Cuba, o compromisso de trabalhar pelo reconhecimento dos direitos das vítimas do conflito armado colombiano.
As vozes das vítimas do conflito armado na Colômbia têm sido escutadas com força no segundo fórum regional organizado a pedido do governo e da guerrilha das Farc, e que termina nesta sexta-feira (11) na cidade de Barrancabermeja.
Culminou no dia 15 de junho o processo eleitoral colombiano com a reeleição à presidência de Juan Manuel Santos, certamente favorecido pelos votos já obtidos no primeiro turno, mas também, e muito especialmente, pelos eleitores que, embora não acreditem na sua plataforma econômica e saibam da sua ausência de compromisso com o social durante os quatro primeiros anos de mandato, sensatamente foram às urnas apoiando o processo de diálogo com as Farc em Havana.
Por Pietro Alarcón*, na Adital
O governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN) iniciaram uma fase de diálogo exploratório com o objetivo de definir uma agenda comum para que se possa iniciar futuros diálogos de paz. A principal guerrilha colombiana, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) já encontram-se em processo de diálogo com o governo de Juan Manuel Santos, desde 2012.
Segundo o alto comissário pela paz da Colômbia, Sérgio Jaramillo, o Conselho Nacional de Paz, reativado recentemente pelo presidente Juan Manuel Santos, poderá canalizar o desejo de participação da sociedade colombiana nos diálogos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O candidato Juan Manuel Santos manteve a presidência na Colômbia, conseguindo mais de 900 mil votos de vantagem sobre Oscar Iván Zuluaga, “delfim” uribista que venceu no primeiro turno por 500 mil votos de diferença. O que mudou nas semanas que se passaram entre as duas eleições? Como o apoio da esquerda e o progressismo influenciaram para que a reeleição de Santos se torne efetiva? Quais são os problemas e os desafios do novo governo.
Por Juan Manuel Karg*, de Buenos Aires para a Opera Mundi
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) expressaram conformidade com a promessa do presidente Juan Manuel Santos de, caso reeleito, eliminar o serviço militar obrigatório no país. O candidato afirmou na última quarta-feira (4), que a iniciativa seria uma maneira de consolidar um cenário de pós-conflito.
Coincidindo com os processos de transição em vários Estados da América Latina, a partir de 1984 o povo colombiano pressiona por uma solução política e não militar ao conflito social e armado que se desenvolve no país, provocado pela violência agenciada desde as alturas do poder dominante, violência que se converteu num mecanismo de contenção das exigências populares e numa manifestação da intolerância, exclusão e desigualdade do regime político.
Por Pietro Alarcon*, na Adital
Na Colômbia, o partido União Patriótica e o movimento político e social Marcha Patriótica anunciaram, nesta quinta-feira (28), que vão respaldar a reeleição do presidente Juan Manuel Santos, em prol da continuidade do processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP). Entretanto, outra força de esquerda, o partido do Polo Democrático Alternativo (PDA) descartou nesta sexta (30) a possibilidade de apoio a Santos no segundo turno das eleições.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se consolidaram em 27 de maio de 1964, em Marquetalia, em Tolima. Na ocasião, um grupo armado tentava defender uma comunidade camponesa autônoma de uma ofensiva do exército. A insurgência mais antiga da América Latina completa 50 anos e este pode ser seu último aniversário como guerrilha, pois ao finalizar o processo de paz, espera-se que as Farc sejam inseridas no sistema político do país.
Por Théa Rodrigues, da redação do Portal Vermelho