O Arquivo Público do Estado de São Paulo disponibilizou a partir desta sexta-feira (6), na internet – http://www.arquivoestado.sp.gov.br/memoriapolitica -, documentos produzidos pelo antigo Serviço Nacional de Informações (SNI) durante a ditadura militar. Entre os documentos estão os boletins informativos e os sumários do comunismo internacional.
Parentes do engenheiro mecânico Raul Amaro Nin Ferreira apresentaram nesta quinta-feira (5) na Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-Rio) documentos sugerindo que ele pode ter sido interrogado e torturado em 11 de agosto de 1971, enquanto estava internado no Hospital Central do Exército (HCE), onde morreu, naquele mesmo dia, aos 27 anos.
Comissão Nacional da Verdade vai apurar os crimes praticados contra trabalhadores, sindicalistas e seus familiares, na Baixada Santista.
A Universidade Federal da Bahia (UFBA) empossou, na última quarta-feira (4/12), os nove integrantes da Comissão Milton Santos de Memória e Verdade, que vai investigar a relação da instituição de ensino com as violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura militar (1964-1985). Entre os empossados, está a professora Ilka Bichara, do Instituto de Psicologia da Universidade.
Antonio González Pacheco, conhecido como Billy, "El Niño", e Jesús Muñecas Aguilar prestaram depoimento ao juiz Pablo Ruz nesta quinta-feira (5) na Audiência Nacional de Madri, capital da Espanha. Os dois ex-policiais são acusados de torturar opositores ao regime franquista na década de 1970 e têm ordem de prisão decretada pela Justiça argentina.
No próximo dia nove de dezembro, a Câmara Municipal de São Paulo restituirá 42 mandatos de comunistas cassados em momentos diferentes da história do parlamento paulistano. A devolução dos mandatos acontecerá em uma Sessão Solene proposta pelo vereador comunista Orlando Silva.
Um livro essencial sobre os crimes da ditadura: é lançado, em São Paulo, Tortura, testemunhos de um crime demasiadamente humano, de Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes.
Por José Carlos Ruy*
Segundo o estudo sobre violência policial e a desmilitarização da Polícia Militar feito pelo tenente-coronel Adilson Paes de Souza, da reserva da PM do estado de São Paulo, a instituição "é resquício da sobrevivência da Doutrina de Segurança Nacional, mesmo após o dito processo de redemocratização do país com a Constituição Cidadã, em 1988”. Os dados estão no livro O Guardião da Cidade, em que o oficial analisa como a Polícia Militar perpetua até hoje mentalidade e ações da ditadura no Brasil.
O ex-governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins, que governou o estado entre 1975 e 1979, durante a ditadura, afirmou nesta terça-feira (26) que muitas empresas financiaram o golpe contra João Goulart, presidente deposto pelo golpe em 1º de abril de 1964. "É difícil encontrar alguém que não tenha financiado a conspiração", disse, em depoimento à Comissão da Verdade da Câmara de vereadores de São Paulo. "O volume de dinheiro repassado aos coronéis aumentava a cada discurso inflamado do Jango”.
Em sessão realizada pela Comissão Estadual da Verdade de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (25) na Assembleia Legislativa, o jornalista argentino Horacio Verbitsky disse que a Lei de Meios Audiovisuais é fundamental para a consolidação da democracia em seu país. Para ele, a nova legislação, aprovada pela Corte Suprema de Justiça da Nação no dia 29 de outubro, inibe as “chantagens” contra o sistema político, facilitadas pelo poder concentrado nas mãos de poucas empresas.
“Ele foi sequestrado no dia 24 de março, nesse dia certinho. É fácil de lembrar porque nesse dia a gente não vai à escola. É o Dia da Memória.” O 24 de março ao que o fragmento se refere aconteceu no ano 1976, quando um golpe militar derrubou Isabel Perón (1974-1976) na Argentina. Nesse dia, Gastón Gonçalves foi levado por agentes do governo recém-instaurado e seu corpo, encontrado em abril do mesmo ano no acostamento de uma estrada, foi enterrado como indigente.
Vinte e oito anos após o fim do regime militar, o governo do Rio pediu oficialmente desculpas para dezenas de ex-presos políticos e deputados perseguidos e presos na ditadura. A cerimônia ocorreu na sexta-feira (22) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).