A atuação do Banco Central (BC) para segurar a crise foi muito além da redução da taxa Selic, que mede os juros básicos, para o menor nível da história. De outubro do ano passado até o fim de agosto, a autoridade monetária injetou R$ 213,6 bilhões no sistema financeiro para manter a economia em funcionamento em meio à escassez internacional de crédito.
Apesar de todas as manchetes sobre a volta do Estado à economia, ele nunca se retirou, e os EUA são o maior exemplo disso, afirma Linda Weiss, especialista em desenvolvimento e professora do Departamento de Governo e Relações Internacionais da Universidade de Sydney (Austrália).
Por Claudia Anutes, na Folha de S. Paulo
Aquela crise iniciada a nível global há precisamente um ano atrás, o Brasil conseguiu digerir. Mais do que isso, ao que tudo indica a economia do país voltou ou está a caminho de voltar a desfrutar do dinamismo que antecedeu a crise, exceto no que diz respeito às exportações que já estão melhorando.
Por Julio Gomes de Almeida*, de São Paulo, na Terra Magazine
A queda na arrecadação federal também teve efeito nos cofres estaduais e municipais, sustentados em parte pelas transferências da União por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Além da atuação do Banco Central (BC) para reduzir os juros e o compulsório (parcela de recursos que os bancos estão proibidos de emprestar), os bancos públicos ajudaram a restabelecer crédito após o agravamento da crise financeira internacional. Levantamento constatou que a criação e o reforço de linhas oficiais de crédito injetaram R$ 277,2 bilhões na economia nos últimos 12 meses.
O Brasil tem uma das piores infra-estruturas de logística entre os países do Bric, Estados Unidos e Canadá. Essa foi a conclusão de um estudo realizado pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), divulgado nesta segunda-feira pelo presidente do instituto, Paulo Fleury, no 15º Fórum Internacional de Logística, realizado no Rio de Janeiro.
Um ano após a quebra do Lehman Brothers, o historiador Steve Fraser, estudioso do tema Wall Street, destaca ter sido a ação dos governos que evitou a derrocada completa dos mercados financeiros. Mas alerta ser prematuro dizer que tudo está bem.
De 2006 até o terceiro trimestre de 2008, a economia cresceu de forma vigorosa. No entanto, no quarto trimestre de 2008, o Brasil foi atingido pela crise econômico-financeira internacional. Foi uma crise que veio de fora para dentro. Primeiramente, houve uma aguda restrição do crédito ofertado por instituições estrangeiras.
Por João Sicsú*, no Jornal do Brasil
Joseph Stiglitz, prêmio Nobel da economia, afirmou que os EUA falharam em reparar os problemas de base do sistema bancário, depois da crise financeira e do colapso da Lehman Brothers.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que o bom momento da economia brasileira antes da crise e as ações rápidas do governo para solucionar os problemas gerados por ela foram os fatores que promoveram a saída sustentada do Brasil do momento econômico ruim.
O diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou que a crise não acabou, embora tenha saído do problema financeiro, já que em sua dimensão social e laboral vai continuar se agravando pelo menos até meados de 2010.
O Ministério da Agricultura, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, vai enviar uma missão à China para divulgar o agronegócio brasileiro. Os recursos para o envio da missão, no valor de R$ 57 mil, foram disponibilizados por meio de portaria publicada hoje no Diário Oficial da União.