O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), considerou equilibrada a mudança do Tratado de Itaipu, aprovado na última quarta-feira (11), pela Casa. Pelo texto, a taxa anual de cessão paga pelo Brasil ao Paraguai pela energia não usada da Usina de Itaipu passará de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões. “Não demos o que eles pediram nem tivemos nenhum prejuízo”, disse.
Em votação simbólica, o plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (11), relatório da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) sobre acordo entre Brasil e Paraguai referente ao excedente de energia elétrica de Itaipu Binacional. A votação pôs fim a uma injustiça histórica, já que o texto anterior do acordo impunha ao Paraguai condições comerciais humilhantes.
Ministros de energia de mais de 30 países latino-americanos e caribenhos se reunirão nesta quinta-feira (12) em Caracas, Venezuela, para discutir perspectivas comuns em matéria de cooperação e desenvolvimento sustentável.
O governo do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, comemorou nesta quarta (11) com festa e anúncio público a aprovação pelo Senado brasileiro do texto que eleva de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões anuais a quantia paga pelo Brasil aos paraguaios pela cessão de energia da Hidrelétrica de Itaipu Binacional.
Com o fim do período chuvoso, a usina precisa represar a água para produzir energia no período seco.
De um lado, os megaprojetos tocados pelo governo com o objetivo de criação de infraestrutura e geração de energia. De outro, os índios que lutam para ter condições de permanecer em suas terras. O cenário, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, é de conflito, de acordo com o relato de cerca de 200 lideranças indígenas, que estão reunidas em Luziânia (GO), em um encontro nacional organizado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
O reajuste do valor repassado ao Paraguai pela energia produzida na Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional poderá ser votado, no Senado, na semana que vem.
O que o bem-estar dos brasileiros tem a ver com o Tratado de Itaipu, cujas alterações serão decididas pelo Senado nos próximos dias? Essa é a pergunta do leitor atento ao tema, que parece restrito às nossas fronteiras.
por Gleisi Hoffmann*
Em resolução aprovada nesta sexta-feira (8) por sua Comissão Política Nacional, o PCdoB repudiou o “inusitado pronunciamento” da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA sobre Belo Monte. No começo da semana, o órgão pediu ao governo Dilma que suspenda a construção da usina hidrelétrica no Rio Xingu.
Em audiência nesta quarta-feira (6), na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, o deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) cobrou do presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, uma nova posição quanto ao caso que gerou prejuízo de R$8 bilhões de reais aos consumidores de energia em todo o Brasil.
O aumento da tarifa de energia elétrica solicitada pela Coelba à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a vigorar a partir do dia 22 de abril, é abusiva e colabora para o recrudescimento das desigualdades sociais no Estado. Foi a tônica do discurso do deputado Álvaro Gomes (PCdoB), proferido da tribuna do plenário na tarde desta terça-feira (5/4).
Após duas décadas de hibernação dos planos nucleares, no final do governo anterior foram anunciadas a conclusão de Angra 3 e mais quatro usinas, possivelmente às margens do rio São Francisco. A previsão de investimento é da ordem de R$ 8 bilhões por unidade, atingindo R$ 40 bilhões para a instalação de 6.800 MW.
Por Ildo Sauer*, na Folha de S.Paulo