A ocupação de escolas no Rio Grande do Sul já dura mais de 15 dias, somando mais de 150 unidades de ensino ocupadas em todo o estado, conforme o Sindicato dos Professores. Junto a isso, nesta segunda-feira (23) a greve do magistério entra em sua segunda semana. A Secretaria Estadual de Educação diz que monitora as ocupações, mas não divulga números.
Por *Sofia Lerche Vieira
Na manhã desta sexta-feira (13), estudantes do movimento que ocupa as escolas estaduais de São Paulo, foram presos pela Polícia Militar (PM). Segundo relatos, muitos deles, inclusive menores de idade, foram agredidos fisicamente e estão sendo levados para 23º DP, em Perdizes, em um ônibus da PM. A reintegração de posse ilegal ocorreu no Diretório Regional de Ensino Centro Oeste (Deco) que foi desocupado por volta das 8 horas da manhã desta sexta (13). Vejam os relatos dos estudantes.
Em nota, a Associação Cearense de Estudantes Secundaristas (ACES) se solidariza com os estudantes que nesse momento ocupam escolas do Estado, no interior e capital. No documento divulgado pela entidade, o movimento estudantil reforça que a “escola do Século XXI, a cada dia, torna-se mais plural, mas a estrutura curricular, ainda muito conservadora, não acolhe a diversidade dos estudantes”. Leia a íntegra da nota:
O governo federal pretende localizar todos os 1,6 milhão de estudantes de 4 a 17 anos que estavam matriculados nas escolas públicas e privadas em 2014 e que, por algum motivo, deixaram as salas de aula em 2015.
Foi suspensa a reintegração do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CPS), prevista para as 10h desta quinta-feira (5). A sede da autarquia responsável pela administração do ensino técnico de São Paulo está ocupada pelos estudantes desde a última quinta-feira (28). O grupo protesta contra a falta de merenda e as denúncias de corrupção envolvendo contratos da alimentação escolar.
Já são 66 colégios ocupados no Rio de Janeiro. Os estudantes reinvidicam o abono da greve dos professores, melhores condições de ensino, aceitação da eleição para a direção das escolas e que as disciplina de filosofia e sociologia não tenha menos de dois tempos por aula.
A Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu na manhã de hoje (2) a sede do Centro Paula Souza, autarquia do governo estadual de São Paulo que estava ocupada pelos estudantes desde a última quinta-feira (28) em protesto contra o corte de recursos na educação e pela instalação de uma CPI para investigar os desvios de verbas para a merenda da rede paulista de ensino.
Projeto educativo de uma escola pública de Brasília causou polêmica nas redes sociais nos últimos dias e virou caso de polícia. A orientação para os alunos usarem peças de roupas vermelhas, associada pela direção da escola à responsabilidade no combate à dengue, gerou acusações de apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff.
O número de colégios estaduais ocupados por alunos em apoio à greve dos professores já chega a 22 no Rio de Janeiro. O Colégio Estadual Herbert de Souza, no Rio Comprido, na zona norte da cidade, é a mais recente ocupação dos estudantes fluminenses.
Mais duas escolas da rede estadual foram ocupadas na manhã desta quinta-feira (7), no Rio de Janeiro, por alunos que buscam melhorias no sistema de ensino e defendem a greve dos professores estaduais. Estudantes do Colégio Estadual Guanabara, em Volta Redonda, no sul fluminense, e do Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho, em Niterói, juntaram-se a outras 11 unidades de ensino já ocupadas anteriormente.
Alunos do Colégio Estadual Prefeito Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, ocupam a escola há uma semana em apoio à greve dos professores, impedindo a entrada de outras pessoas na escola. O objetivo da ocupação é abrir um canal de diálogo direto entre professores, estudantes e a Secretaria Estadual de Educação.