Dentro e fora do campus universitário, estudantes de Goiás e de outros estados brasileiros discutem e marcam posição contra a cultura do estupro no país
Mata-se muito no Brasil. Matam pela cor da pele do menino que sai de casa com um saco de pipoca e matam aqueles que praticam sua sexualidade de forma livre, como o século 21 permite.
Por Jandira Feghali*
A ocorrência envolvendo uma jovem menor de idade, que foi estuprada por supostamente 33 homens em uma favela do Rio de Janeiro, chamou a atenção da sociedade para este tipo de crime que, indiscutivelmente, é gravíssimo.
Por Roberto Parentoni*
A BBC Brasil teve acesso a uma gravação da prova oral para ingresso no Ministério Público do Rio de Janeiro em que um promotor público, que atuava como examinador, afirmou durante uma das perguntas que o estuprador ficou “com a melhor parte [no crime], dependendo da vítima”.
*Arruda Bastos
A deputada conversou com Maria Odete Olsen sobre o combate da violência contra as mulheres, a cultura do estupro e sobre a pré-candidatura a prefeitura de Florianópolis. Confira como foi o papo veiculado no programa Educação & Cidadania da Record News SC .
A juíza Tamara Hochgreb Matos negou indenização por danos morais para uma passageira do metrô de São Paulo que afirmou ter sofrido abuso sexual dentro de um vagão na Estação Brás, em outubro do ano passado. Para a juíza, que sexta-feira (17) negou o pedido de indenização, a vítima não teria demonstrado desconforto ou reagido durante o abuso.
A coordenadora da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, Marielle Franco*, crítica em artigo publicado no Favela 247 à culpabilização do Funk pela mídia no recente caso do estupro coletivo de uma menina de 16 anos, como fez o colunista d'O Globo Artur Xexéo no dia 5 deste mês.
Abaixo a íntegra do texto:
A recente repercussão diante do polêmico caso de estupro coletivo no Rio de Janeiro não inibiu criminosos, pelo contrário, fez mais uma vítima na última quarta-feira (15) em Goiânia-GO. Foi realizada denúncia de que uma estudante da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi violentada sexualmente em um banheiro da própria instituição.
Onze dias após o primeiro ato, que teve como motivador o estupro coletivo da garota de 16 anos, no Rio de Janeiro, a União Brasileira de Mulheres – UBM Jaraguá do Sul realizou um segundo ato. Nesta quarta-feira, (15) a motivação foi um estupro de uma menina de 10 anos, desta vez na própria cidade.
Durante a manifestação no fim da tarde desta terça-feira (9) na Avenida Paulista, que rechaçou a cultura opressora de gênero ainda predominante no Brasil, mulheres responderam à seguinte pergunta: Como a cultura do estupro se manifesta no dia a dia das mulheres?