A pena para estupro coletivo pode chegar a 16 anos e oito meses de prisão, quatro anos a mais que a pena máxima prevista atualmente, de 12 anos e meio. Além disso, transmitir imagens de estupro pela internet também poderá ser tipificado como crime. É o que prevê projeto aprovado por unanimidade nesta terça-feira (31) pelo Senado. O texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados.
Foram 33 homens estuprando uma menina de 16 anos. O ato filmado, como tudo hoje em dia na nossa sociedade do espetáculo, foi exposto nas redes sociais para escárnio maior da vítima. O crime noticiado calou fundo especialmente nas mulheres que, ao imaginarem a cena abominável, compartilharam da dor, da humilhação, como se o sangramento da genitália da menina violada e exibida pelos criminosos provocasse uma hemorragia subjetiva em toda uma coletividade de mulheres atingidas.
Por Olívia Santana*
Foram 33 homens estuprando uma menina de 16 anos. O ato filmado, como tudo hoje em dia na nossa sociedade do espetáculo, foi exposto nas redes sociais para escárnio maior da vítima. O crime noticiado calou fundo especialmente nas mulheres que, ao imaginarem a cena abominável, compartilharam da dor, da humilhação, como se o sangramento da genitália da menina violada e exibida pelos criminosos provocasse uma hemorragia subjetiva em toda uma coletividade de mulheres atingidas.
Por Olívia Santana*
Mais um caso de estupro envovendo estudantes da Universidade de São Paulo (USP) veio à tona nesta segunda-feira (30). Durante o feriado de Corpus Christi, uma jovem foi estuprada durante a festa dos jogos universitários que ocorreu em Sorocaba, interior do estado. Segundo nota da Atlética da Escola de Comunicações e Artes (ECA), o autor do estupro, conhecido como Ezequiaz Cars, também graduando da USP, teria cometido outros três estupros.
Hoje eu não consegui dormir.
Não foi insônia, ou vontade de ver filmes/séries a madrugada inteira. Não foram assuntos aleatórios com os amigos por horas e horas.
"Então o que foi?"
Medo.
Por Iara Carvalho Szegeri*
O caso de estupro coletivo registrado no Rio de Janeiro neste final de semana deixou claro que chegamos à barbárie completa. A jovem de 16 anos teve vídeos e fotos de sua violação compartilhados na internet pelos próprios algozes. E só denunciou o crime quando viu a repercussão porque até então tinha medo de represálias dos traficantes envolvidos.
Por Mariana Serafini
O caso da adolescente de 16 anos estuprada por 33 homens no Rio de Janeiro, com direito a fotos publicadas nas redes sociais, revelou acusados e suspeitos indiferentes ao crime. A naturalização da violência contra a mulher e os direitos humanos em geral tem relação com a agressividade e inadequação de conteúdo da programação e da propaganda nos principais meios de comunicação do Brasil. À mídia dominante interessa a reprodução de rótulos e a espetacularização.
Por Railídia Carvalho
Manifestações contra a violência e a favor dos direitos das mulheres em várias cidades brasileiras são destaque na imprensa alemã. "Um caso de violência sexual abala o Brasil", afirma jornal "Süddeutsche Zeitung".
Sob o fruto da ideologia patriarcal, as mulheres padecem no Brasil. Seja em uma corrida de táxi na madrugada, por andar sozinha em uma rua deserta ou pelo tamanho do seu vestido, elas ainda são vítimas de uma cultura de objetificação, que atravessou séculos e ainda exerce os seus valores no país.
Por Laís Gouveia
A Marcha das Vadias de Florianópolis está convidando todas as pessoas, feministas, organizações e movimentos sociais para as atividades que vão ocorrer dia 30 de maio segunda-feira no OCUPA MINC SC no Largo da Alfandega.
O Brasil é o quinto país do mundo em número de assassinatos de mulheres por razões de gênero, o chamado feminicídio, de acordo com a ONU Mulheres. Embora seja composto por um grupo de apenas 83 países – somente os que dispõem de estatísticas de violência contra a mulher – e não englobe, por exemplo, nações do Oriente Médio, o ranking dá a medida do tamanho do problema.
“Precisamos falar sobre violência, machismo, sobre a cultura do estupro. A cada 11 minutos uma mulher é violentada no Brasil. Uma pessoa pode, em rede nacional, fazer de um acontecimento trágico uma piada e provocar risos na plateia”, diz a atriz Letícia Sabatella em vídeo publicado na rede social.