A Liga Árabe criticou, nesta quarta-feira (20), o regime israelense por obstruir as negociações para uma trégua duradoura na Faixa de Gaza. "Israel impede qualquer tipo de acordo que leve ao apaziguamento" na Faixa de Gaza, disse o secretário-geral da entidade, Nabil al-Arabi.
Os termos para descrever o corrente massacre dos palestinos em Gaza estão gastos. Em declaração ao Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta semana, o enviado da ONU Robert Serry apontou o número “assustador” de civis mortos pelos ataques israelenses e a destruição “sem precedentes” do território sitiado há quase oito anos. Mesmo assim, o fim de mais um cessar-fogo e o impasse das negociações no Egito são racionalizados enquanto peças de um jogo.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
Nesta quarta-feira (20), a delegação que levava ajuda humanitária enviada pela Venezuela à Faixa de Gaza foi atacada por drones e por uma bomba (que não chegou a explodir), próximo à fronteira de Rafah, no Egito. O artefato caiu a 20 metros do local onde a comissão se encontrava. Pouco tempo depois, a imprensa internacional noticiou a queda de um míssil israelense contra a sede principal do Crescente Vermelho em Gaza.
Em uma clara demonstração de quem está disposto ao diálogo e de quem quer encontrar desculpas para atacar de forma indiscriminada, a delegação palestina segue participando de sessões de negociação no Cairo, na capital do Egito, apostando no diálogo, mesmo Israel tendo rompido a trégua e se retirado das negociações.
O secretário-geral da Iniciativa Nacional Palestina, Mustafa Barghouti, denunciou, nesta terça-feira (19), o uso de armas proibidas em ataques que o regime israelense tem feito contra a Faixa de Gaza.
O regime de Israel reiniciou o ataque contra a sitiada Faixa de Gaza na manhã desta terça-feira (19). Segundo meios palestinos, o regime de Telavive lançou um ataque contra 10 localidades no enclave.
O comissário geral da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), Pierre Krahenbuhl, afirmou na segunda-feira (18) que o bloqueio imposto por Israel na Faixa de Gaza, mantido desde 2007, precisa acabar.
O regime israelense não permitiu a entrada na Faixa de Gaza de funcionários da Anistia Internacional e do Observatório dos Direitos Humanos (HRW na sigla em Inglês). Os membros destas entidades pretendiam abrir uma investigação independente sobre a recente ofensiva militar israelense contra os palestinos.
Nesta segunda-feira (18), encerra-se a trégua entre palestinos e israelenses. As negociações seguem no Egito para a prorrogação do fim das hostilidades. O diálogo tenta conciliar um cessar-fogo permanente para acabar com a atual crise na Faixa de Gaza após os ataques iniciados por Israel em 8 de julho.
As variações em cenários políticos domésticos – ou o congelamento de movimentos oposicionistas – são vastamente analisadas em contexto de guerras ou ofensivas militares. Alguma esquizofrenia é frequentemente notada no esforço de “unidade nacional” diante do “esforço de guerra”, que envolve a mídia de forma tão eficiente na reprodução do discurso oficial sobre a ofensiva. É mais uma vez o caso em Israel.
Por Moara Crivelente*, para o Vermelho
A organização humanitária internacional Oxfam reiterou nesta quinta-feira (14) a necessidade de acabar com a ofensiva israelense contra os moradores da Faixa de Gaza como um passo fundamental para alcançar a paz e a reconstrução duradoura da região.
Um novo cessar-fogo na Faixa de Gaza terá duração de cinco dias a partir desta quinta-feira (14), afirmam autoridades egípcias, responsáveis pela intermediação das negociações de paz entre israelenses e palestinos. O novo período surge, em detrimento dos três dias que haviam sido inicialmente anunciados.