O protesto contra a impunidade dos sucessivos governos israelenses e a inação diante da repetição de massacres, despojo e expulsão dos palestinos levou redes populares a criarem suas alternativas para o julgamento dos responsáveis por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Um exemplo é o Tribunal Russel, ativo desde a década de 1960, mas alternativas populares, como a rede recém-criada na Bolívia, têm tomado força, sobretudo no último período, com a ofensiva contra a Faixa de Gaza.
A ofensiva israelense na Faixa de Gaza já matou mais de 1.800 palestinos, em sua maioria civis, em um mês de conflito, além de provocar o deslocamento de 520 mil pessoas, que abandonaram seus lares na tentativa de escapar ao massacre. A operação militar, desencadeada a pretexto do sequestro e assassinato de três jovens israelenses – ação condenada pela Autoridade Nacional Palestina e até agora não esclarecida –, tem provocado diferentes reações na comunidade internacional.
Por Claudio Daniel*
O silêncio assustador das mais de 400 crianças palestinas assassinadas nas ruas, praias e casas de Gaza, fala mais alto que a propaganda israelense. As mais de dez mil casas destruídas em Gaza destroem para sempre a falsa imagem de Israel, ameaçado e perseguido.
Por Abdel Latif*
O Estado genocida de Israel não age sozinho. Conta com a cumplicidade do imperialismo estadunidense. Há um mês, invocando falsos pretextos, o regime sionista israelense bombardeia sistematicamente o território palestino da Faixa de Gaza. Suas tropas terrestres ocuparam o terreno, onde praticam diariamente crimes de lesa-humanidade, absoluto terrorismo de Estado, que já vitimou mais de 1,8 mil palestinos, na grande maioria civis, entre os quais mulheres, idosos e crianças.
Por José Reinaldo*
Nesta terça-feira (5), Saeb Erekat, o chefe palestino nas negociações, urgiu os partidos e movimentos na Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e fora dela a endossarem a candidatura do Estado da Palestina ao Tribunal Penal Internacional, onde poderá acusar as autoridades israelenses pelos crimes de guerra. No mesmo dia, a OLP divulgou um documento com dados importantes para a compreensão do quadro mais amplo da ofensiva israelense.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Enquanto a mídia internacional divulga a retirada de soldados israelenses que haviam invadido a Faixa de Gaza com tanques e artilharia pesada, cobertos por caças F-16 e helicópteros Apache, o presidente dos EUA Barack Obama endossou o envio de mais US$ 225 milhões ao sistema antimíssil de Israel. Uma trégua de 72 horas entrou em vigor nesta terça-feira (5), mas milhares de soldados permanecem na fronteira do território sitiado.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Novamente, peço ao Granma que não dedique espaço de primeiro plano a estas linhas, relativamente breves, sobre o genocídio que se está cometendo contra os palestinos. Escrevo-as com rapidez apenas para deixar constância do que requer meditação profunda.
Por Fidel Castro, no Granma
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, pediu à comunidade internacional, em particular as Nações Unidas, o governo dos EUA, a União Europeia, a Rússia, a China e os demais países do mundo, que intervenham imediatamente para forçar Israel a parar a agressão.
O que vemos hoje na faixa de Gaza é um dilema que até para os apoiadores de uma “intervenção militar humanitária” no mundo ocidental, mesmo utilizando qualquer instrumento e ferramenta, não é solucionável.
Por Mehdi Agha Mohammad Zanjani*
Este depoimento do grande pensador de origem judaica Eric Hobsbawm foi publicado na altura da ofensiva sionista de 2009. Continuaria válido face à ofensiva de 2012. Permanece válido em 2014, perante a atual ação genocida desencadeada por Israel. É importante recordá-lo, além do mais para desmontar a histérica argumentação que pretende fazer crer que a condenação dos crimes de Israel significa antissemitismo. Muitos judeus são também vítimas do sionismo.
Israel defende-se com manipulações midiáticas, rechaça críticas ao massacre palestino, promove falsas elucubrações filosóficas e acadêmicas sobre a “guerra justa” e investe na distorção do direito internacional humanitário. Em 2009, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas confirmou os crimes de guerra perpetrados na ofensiva Chumbo Fundido, mas arriscamos ver o destino do seu relatório repetir-se na investigação do atual massacre: impunidade.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Uma proposta de cessar-fogo deveria ter entrado em vigor às 08h00 (02h00 em Brasília) desta sexta-feira (1º), para possibilitar negociações abrangentes, mas as forças israelenses mataram 16 palestinos durante a madrugada, quatro depois das 08h00 e 35 em confrontos subsequentes. O governo de Israel já anunciou o rompimento do acordo. Eis a breve história de outra “trégua” e a continuação do massacre que já vitimou 1.437 pessoas em menos de um mês.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho