A ruptura das negociações de paz em áreas de tráfico de drogas tornou-se mais um enorme desafio para o governo de Gustavo Petro
Para o cientista político Luis Fernandes, a eleição de Gustavo Petro será importante para todo o continente e confirma o esgotamento neoliberal
Como a trajetória de Petro e Francia contribuem para a esperança dos colombianos. Qual o cenário que favoreceu a mudança inédita? Por que a esquerda da América Latina está em festa?
A Colômbia atravessa seu segundo processo eleitoral desde o fim da guerra entre o Estado e a Guerrilha, em 2016, por isso é importante saber por onde andam os ex-guerrilheiros. Pessoas que – por uma ou outra razão – precisaram pegar em armas para defender a si próprias e seus territórios, agora nestes últimos seis anos vivem o desafio da reintegração social, política e cultural depois de baixar os fuzis e eleger a palavra como arma
Socióloga e defensora de direitos humanos, Liliany Obando Villota afirma o papel de Francisco Petro e Francia Márquez, candidatos do Pacto Histórico à presidência e à vice, na “construção de um pacto social igualitário de justiça, dignidade e paz”
Acordos repetem a tragédia histórica que já viveram outros semelhantes na história da Colômbia
Na Colômbia, a vitória tem sido dos setores que dizem não ao diálogo e à paz. Quem governa a Colômbia em convulsão de hoje é quem foi contra os acordos de paz com as Farcs.
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz precisou que 27 dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos foram mortos na Colômbia em 2020. A estes juntam-se 4 ex-combatentes das FARC-EP.
Primeira greve geral desde 1979 foi reprimida com violência; acordo de paz com FARC completou três anos.
Ao abandonar as armas para assinar o Acordo de Paz as Farc deixaram de ser a maior guerrilha da Colômbia para se tornar um partido político. Porém, a violência de Estado e dos paramilitares aumentou e só no governo do presidente Iván Duque, eleito em 2018, já foram assassinados 229 líderes sociais. Diante das violações dos direitos humanos, um setor do “Partido da Rosa”, decidiu retornar à luta armada. O anúncio foi feito por Iván Márquez na quinta-feira (29).
Por Mariana Serafini
O secretário geral da ONU, António Guterres, informou nesta sexta-feira (5) que ao menos 71 ex-integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram mortos após o acordo de paz firmado em 2016.
Iván Duque, novo presidente da Colômbia, assumiu na terça-feira (7) a presidência do país. Não tardou em pronunciar suas promessas de fazer "corretivos" no acordo de paz assinado em 2016 com as FARC, hoje partido político