A vitória do “não” na consulta popular que fez a seguinte pergunta aos colombianos: “você apoia o acordo para o término do conflito e construção de uma paz estável e duradoura?” pegou a maior parte do país e da comunidade internacional de surpresa. Mas e agora? O que vai ocorrer com a negociação entre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), realizada ao longo de seis anos?
Por Vanessa Martina Silva
No mesmo dia que os colombianos foram às urnas votar se concordam ou não com o Acordo de Paz entre o governo e as Farc, as crianças puderam participar de um plebiscito infantil, chamado “As crianças têm a paz”. Enquanto os adultos defenderam a continuidade da guerra, a maioria dos pequenos escolheu acabar com o conflito.
Depois de o Acordo de Paz ter sido rejeitado pela população colombiana no plebiscito realizado neste domingo (2), o comandante em chefe das Farc se pronunciou dizendo que entende o tamanho do desafio de deixar as armas e partir para a política.
Assim como os brasileiros, os colombianos foram às urnas neste domingo. O Plebiscito pela Paz buscou referendar o Acordo de Paz, firmado entre o governo e as Farc, através da votação popular. Porém, o resultado obtido significa a continuidade da guerra que dura 52 anos.
Foi possível terminar o conflito armado interno mais antigo da América Latina, e talvez do mundo. Se passaram nada menos que 52 anos, desde 1964, quando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia começaram a operar, primeiro como a autodefesa camponesa, para depois se tornar guerrilha.
Por Martín Granovsky
O Acordo de Paz assinado por Timoleón Jiménez, comandante em chefe das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) e por Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia nesta segunda-feira (26) é a proposta mais sólida que o país teve até hoje de acabar com os 52 anos de guerra. Mas a direita colombiana não está interessada na paz e ameaça este projeto.
Após a assinatura do histórico acordo de paz entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) e o governo do país, nesta segunda-feira (26), a União Europeia (UE) anunciou a remoção temporária da guerrilha de sua lista de terrorismo e a consequente suspensão de sanções econômicas.
O emocionante discurso de Timoleón Jiménez, o Timochenko, comandante em chefe das Farc, durante a assinatura do acordo de paz nesta segunda-feira (26) terminou com uma citação do romance Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez. Ao anunciar o fim da guerra, ele abre um novo capítulo para a história da Colômbia com uma história de amor.
Avisem em Macondo que a guerra acabou! Ao assinar o acordo de paz que dá fim aos 52 anos de conflito na Colômbia, tanto o comandante em chefe das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Timoleón Jiménez, quanto o presidente do país, Juan Manuel Santos, citaram o romance Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez, o prêmio Nobel de Literatura que fez de sua obra um manifesto de amor pelo fim da guerra.
Por Mariana Serafini
Ex-candidata presidencial, sequestrada por mais de seis anos pelas Forças Armadas Revolucioniárias da Colômbian(Farc), comenta acordo e plebiscito.
Os dirigentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) e o governo da Colômbia vão assinar o Acordo de Paz elaborado em Cuba nos últimos 4 anos nesta segunda-feira (26). A cerimônia vai acontecer em Cartagena das Índias, a quinta cidade mais populosa do país, e contará com a presença de chefes de Estado e autoridades do mundo, entre elas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Por Mariana Serafini
A 10ª Conferência das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo) – primeira aberta em quase cinco décadas – será encerrada nesta sexta-feira (23) com a leitura da Declaração Política da Guerrilha. O encontro reuniu todos os dirigentes e praticamente todos os guerrilheiros em um grande festa que celebra o fim do conflito.