O IPCA-15 mostra que alimentação e bebida já acumulam alta de 5,78% de janeiro até agosto. Nesse período, o arroz já subiu mais de 16% em média, mas atingindo 20% em diversas regiões
O brasileiro que combateu a fome no Brasil e no mundo, reflete sobre a desigualdade e a fome em tempos de pandemia.
Rede de Pesquisa Solidária divulga estudo com informações obtidas junto a lideranças de mais de 70 comunidades, bairros, territórios e localidades de alta vulnerabilidade social em seis regiões metropolitanas
“O curioso é que alguns setores descobriram a pobreza no mundo e em nosso país com esse vírus. O contágio pela proximidade, pelo contato, provocou medo e pânico. Qualquer um pode entender, mas o drama não é o mesmo para todos.”
Advertência foi dada pelo diretor do escritório do Programa Mundial de Alimentos no Brasil, Daniel Balaban. Ele criticou a atuação do governo no combate ao coronavírus. “Não há uma unicidade, um comando que lidere o Brasil como um todo para sair desta pandemia”, denuncia. País saiu do Mapa da Fome das Nações Unidas durante o governo de Dilma Rousseff, em 2014
Lima concentra a maior parte dos casos de coronavírus no país. A pandemia multiplicou a quantidade de excluídos, que se veem completamente desassistidos pelo governo de Martín Vizcarra.
Uma da cada nove pessoas padece fome e doenças relacionadas com má ou escassa alimentação, enquanto o planeta tem a capacidade para produzir e distribuir o dobro da comida necessária para alimentar a toda a população mundial.
Até a 2ª Guerra Mundial, predominava a visão de que a causa da fome eram os desastres naturais, secas, ventanias, geadas, a baixa fertilidade do solo e o aumento permanente da população. Na década de 1950, Josué de Castro, médico, geógrafo e pensador brasileiro, defendeu a tese de que a fome era causada pelas deformações nas relações sociais de produção. Portanto, eram causadas apenas pelo homem.
Por João Pedro Stedile*
Em 1979, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial da Alimentação em 16 de outubro. Tudo porque nessa data, em 1945, foi fundada a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), justamente com o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de extirpar a fome do Planeta.
Por Marcos Aurélio Ruy
Josué Apolônio de Castro foi um intelectual que se destacou por combater, ao longo de sua vida, o que considerava a causa principal do atraso econômico e social do Brasil: a fome. Nascido em Pernambuco, filho de retirantes, poderia muito bem se encaixar no rótulo preconceituoso de "paraíba". Mas Josué de Castro, orgulhoso de sua origem nordestina, revolucionou, há mais de 70 anos, a compreensão dos impactos sociais do subdesenvolvimento e da fome.
Ao negar a existência de fome no Brasil, o capitão-presidente dá as costas ao país e ao povo
Por José Carlos Ruy*
Em artigo, a ex-ministra Tereza Campello lamenta que o presidente da República deboche dos pobres e diga que a fome no Brasil é uma mentira.