O “golpe dos corruptos” foi consumado no início da tarde desta quarta-feira, 31 de agosto de 2016. O usurpador Michel Temer – sem voto, sem legitimidade e rejeitado pelos brasileiros, segundo todas as pesquisas – será o novo “presidente” imposto pelo colégio eleitoral do Senado, que também exerceu a função de tribunal de exceção ao afastar uma presidenta democraticamente eleita e que não cometeu nenhum crime de responsabilidade.
Por Altamiro Borges
Diversas pesquisas apontam que os brasileiros querem novas eleições. A pesquisa CartaCapital/Vox Populi, divulgada no início de agosto, indica que 61% da população querem eleições antes de 2018. Os institutos Ibope e Paraná Pesquisa apontam o mesmo caminho, respondido por 63% dos entrevistados.
No momento em que o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff completa seu desfecho no Senado, manifestações multiplicam-se em todo país e no exterior para dizer não ao golpe em curso no país. Nesta quarta-feira (31), uma vigília promovida pelos movimentos sociais ocorre no Palácio da Alvorada, prestando apoio à presidenta e resistindo contra o fim do regime democrático.
A Polícia Militar de São Paulo segue usando da truculência para sufocar as manifestações que lutam contra o golpe de Estado em curso no país. Desde a última segunda-feira (29) os atos políticos que ocorrem na região da Avenida Paulista são repreendidos com bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e jatos d´água. Nesta terça feira à noite (31) a cena se repetiu e quatro jovens foram detidos e levados à 3º DP, localizada na região central da capital.
É vergonhosa a proposta do governo de criar duas novas modalidades de contrato de trabalho e colocar isto como prioridade da agenda econômica ao lado da reforma previdenciária.
Por Miguel Torres
Os manifestantes que foram à Avenida Paulista nesta segunda-feira (29) e sofreram dura repressão por parte da Polícia Militar (PM) de Geraldo Alckmin, retornam ao Vão Livre do Masp nesta terça-feira (30) para lutar contra a truculência da PM e dar continuidade a resistência contra o golpe de estado em curso no país.
Em nota divulgada hoje, o Palácio do Planalto afima que o debate de ontem no Senado "gerou falsas acusações de retirada de direitos sociais, previdenciários e trabalhistas pelo Governo Federal aos cidadãos brasileiros".
Por Fernando Molica
A Frente Povo sem Medo, organização composta por mais de 40 entidades dos movimentos sociais e protagonista na luta contra o golpe, saiu às ruas em diversas cidades nesta terça-feira (30) seguindo a resistêcia contra o processo de impeachment sem fundamentos legais a qual a presidenta Dilma Rousseff é submetida no Senado e também contra os cortes sociais promovidos pelo interino Michel Temer.
Contrários ao processo de impeachment que encontra seu desfecho no Senado nesta semana, a qual a presidenta Dilma Rousseff é submetida, diversos manifestantes saíram às ruas nesta segunda-feira (29) e também sairão nesta terça-feira (30) para mobilizar o povo contra o golpe parlamentar, jurídico e midiático que interrompeu o regime democrático brasileiro.
Por Laís Gouveia
"O governo de Michel Temer dá as primeiras passadas, acelerando para o grande salto para trás e a grande queima de estoques. A massa assalariada brasileira está sendo vendida a preços de saldo, com as liquidações iniciais dos programas educativos e sociais. O patrimônio de recursos materiais, como antes, será oferecido como xepa. A repressão à divergência não será tímida. Não há nada a esperar”.
No dia que a presidenta Dilma Rousseff faz sua defesa pessoalmente no Senado, a respeito do processo de impeachment a qual ela foi submetida, manifestantes saem às ruas nesta segunda-feira (29), em diversas capitais, para demonstrar indignação ao golpe de Estado em curso no país, que retira conquistas sociais e rompe com o jovem regime democrático brasileiro.
O ator e escritor Gregório Duvivier, artista engajado na luta contra o golpe de Estado, interpretou na última terça-feira (23) o presidente ilegítimo Michel Temer. A presentação fez parte do evento "Canto a Democracia", ocorrido no Circo Voador, região central do Rio de Janeiro. Com bom humor e uma dose de sarcasmo, ele escreveu um poema para apresentar ao público. "Aos poucos aceitaram tudo aquilo que eu propunha, devo tudo nesta vida ao meu amigo Eduardo Cunha", ironizou.