Dois anos depois do desmonte da legislação trabalhista, o governo Jair Bolsonaro (PSL) lança um pacote para “estimular a criação de empregos”. Instituir uma carteira de trabalho “verde e amarela”, sem direitos, para concorrer com a azul criada por Getulio Vargas é uma proposta de campanha de Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Nos bastidores, o time do ministro diz a jornalistas calcular que a MP terá condições de gerar até 4 milhões de empregos. Cálculo realista? Ou ufanista?
Autointitulada como “terrivelmente cristã”, a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) se reuniu com dezenas de lideranças religiosas e conservadoras nos dez primeiros meses do governo Jair Bolsonaro, incluindo defensores da “cura gay” e movimentos contra a legalização do aborto. A agenda ideológica abrange até um encontro com representantes da União Conservadora Americana, responsável por organizar, nos EUA, a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC).
Enquanto isso, na Câmara, PEC que propõe prisão em 2ª instância torna-se prioridade
Jair Bolsonaro convidou deputados do PSL para uma reunião na tarde desta terça-feira (12) no Palácio do Planalto para informar que se desfiliará ainda hoje da legenda. No encontro, o presidente deve anunciar também a estratégia para criar uma legenda. Segundo o jornal O Globo, o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, foi informado de que Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (RJ) assinaram a desfiliação na quarta-feira passada, mas não entregaram o documento até o momento ao partido.
O governo Jair Bolsonaro (PSL) mudou a lógica de distribuição de verbas publicitárias para TVs abertas, confirme aponta relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) obtido pela Folha de S.Paulo. Em troca de uma cobertura “chapa-branca”, sempre favorável às versões do Planalto, Record e SBT passaram a receber maiores percentuais de recursos federais. Mesmo não sendo líderes de audiência, as duas emissoras foram beneficiadas tão-somente pela relação promíscua com Bolsonaro.
Para Márcio Jerry, está clara a tentativa da ala lavajatista de reverter a decisão STF, que derrubou a prisão após condenação em segundo grau
Em pleno período de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), emerge mais uma vez o debate sobre a formação nesse nível da educação básica, seus propósitos, e como ele é alvo de uma disputa que não diz respeito somente ao âmbito educacional em sentido estrito, mas ao presente/futuro das relações de trabalho e à própria configuração de sociedade que se almeja.
Por João Batista da Silveira*
O governo Jair Bolsonaro (PSL) acusou o golpe. Com a grande visibilidade da libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a repercussão de seus primeiros discursos fora da prisão, o Planalto começou a reagir. A estratégia gira em torno do ministro da Justiça, Sergio Moro, escalado para defender o governo e insultar Lula. Moro também afrontou o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso de uma vez só, ao cobrar pressão pela volta da prisão após condenação em segunda instância.
O mercado já tem seu candidato para a sucessão de Jair Bolsonaro (PSL) em 2022. É o que aponta Ascânio Seleme em sua coluna desta quinta-feira (7) no jornal O Globo. Segundo ele, o próprio presidente tende a ser descartado “diante das trapalhadas sem fim”. Nomes alternativos à direita, como o tucano João Doria e o apresentador Luciano Huck, ainda não se consolidaram. O nome que sobressai, assim, é o do ministro Paulo Guedes, símbolo do renascimento do neoliberalismo no País.
Sob o comando de Sergio Moro – o juizeco presenteado com um ministério no laranjal de Jair Bolsonaro pelos serviços sujos prestados –, a Polícia Federal perdeu qualquer credibilidade. Nesta terça-feira (5), ela solicitou a prisão da ex-presidenta Dilma Rousseff numa operação sobre esquema de propinas do Grupo J&F. O pedido absurdo, porém, foi negado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas gerou repulsa.
Por Altamiro Borges*
A extrema pobreza continua a bater recorde no País. Segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo IBGE, 13,5 milhões de brasileiros viviam, em 2018, com menos de R$ 145 por mês. O número é o maior da série histórica, iniciada em 2012. A crise econômica e o golpe de 2016 estão por trás do fenômeno. Entre 2014 e 2018, nada menos que 4,5 milhões de brasileiros empobreceram ainda mais e passaram a integrar essa parcela da população em situação miserável.
Após ser destituída da liderança do partido pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada, Hasselmann se tornou alvo de uma série de ataques nas redes sociais