O Brasil desencaixou. Desencaixou e passou a rodar no fuso paraguaio. Lá, como se sabe, depois de peculiar processo, o presidente Fernando Lugo foi impedido, assumindo o vice-presidente. Também não amputaram a Lugo os direitos políticos.
Por Wanderley Guilherme dos Santos*, em seu blog
PT, PCdoB e PSol "caíram defendendo uma ideia: a salvaguarda da democracia contra um golpe parlamentar ou a defesa das políticas dos governos petistas. Não recuaram; não se acovardaram; não capitularam a uma suposta “voz das ruas”, que sempre deve ser ouvida com cuidado, pois nem sempre está certa”.
Por *Plínio Bortolotti
É aquela situação em que você deve rir e chorar ao mesmo tempo. A cassação de Eduardo Cunha livra o Brasil de sua maior vocação de corrupção na história da República. Um escroque, um achacador, um mafioso, um ladrão, um mentiroso compulsivo, um destruidor, um psicopata dedicado explosivamente ao enriquecimento pessoal: de tudo isso os brasileiros se livram de uma só vez. Este é o motivo de festa.
Por Paulo Nogueira, no diário do Centro do Mundo
"Janaína Paschoal, como pessoa de fé e religioso, quero adverti-la: usar o nome de Deus para justificar as conspirações maldosas de políticos e seus advogados, é uma blasfêmia muito grave. Tome cuidado, advogada! Deus é justo! Aguarde!", escreve Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em Filosofia (USP) e em Teologia Moral e professor aposentado de Filosofia da UFG. Confira o artigo:
A afirmação é do cientista político e ex-presidente do IPEA, Jessé de Souza, em entrevista que concedeu ao programa “Na sala de visitas com Luis Nassif”. Jessé lança livro sobre a radiografia do golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff. Na entrevista, afirma que o golpe de 2016 nasceu em junho de 2013, não pelos grupos que convocaram as manifestações, mas porque a força das ruas foi, posteriormente, manipulada e manejada pela grande imprensa em favor dos objetivos da elite brasileira.
Tayyab Mahamud é um reconhecido professor da Universidade de Seattle, com respeitada passagem acadêmica por Índia e Paquistão. Um de seus importantes textos chama-se “Jurisprudência da traição bem sucedida: golpes de estado e direito consuetudinário”. Neste trabalho, o professor analisa os golpes de estado ocorridos no fim dos anos 1980 e 1990, em países com tradição de direito costumeiro.
Por Martonio Mont’Alverne*
Dias após o afastamento definitivo da presidenta legitima Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer ao Palácio do Planalto, através de um golpe de Estado, milhares de Brasileiros saíram às ruas no Brasil e no exterior neste domingo (4) denunciando ao mundo farsa do impeachment e reivindicando novas eleições para presidente.
O papa Francisco disse não saber mais "se será possível visitar o Brasil em 2017", já que o país "passa por um momento triste". A mensagem foi dada durante evento de inauguração de uma estátua de bronze da Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, nos jardins do Vaticano, na manhã deste sábado (03).
Na comitiva do presidente Michel Temer para o encontro do G20 na China, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rebateu, neste sábado (3), as especulações de que a manutenção dos direitos políticos de Dilma Rousseff na votação do processo de impeachment abriria precedentes para que o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) requeresse seus direitos políticos, mesmo em caso de eventual cassação de mandato.
Em debate eleitoral entre candidatos municipais de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad afirmou que o golpe foi contra a presidenta Dilma Rousseff, mas também contra direitos e conquistas sociais. “O golpe não é apenas no mandato, é mais grave do que isto”, argumentou.
Em seu primeiro comunicado oficial após o afastamento da presidenta Dilma Rousseff pelo Senado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), demonstrou “preocupação” com o impeachment. Segundo a instituição, a destituição foi realizada por um “julgamento político sobre o qual foram feitos questionamentos a respeito das garantias do devido processo legal”.
Após sorteiro, ficou estabelecido que os ministros do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber, Teori Zavascki e Edson Fachinserão os relatores das ações que questionam as duas votações do julgamento final do processo de impeachment.