De janeiro a julho deste ano, a indústria paulista gerou 120 mil empregos, segundo o Índice de Nível de Emprego da Indústria de São Paulo, divulgado na tarde desta quarta (10) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o que representou um crescimento de 4,64% em comparação a mesmo período do ano anterior. Em julho, quatro mil vagas foram criadas pela indústria paulista, crescimento de 0,14% em comparação a junho.
Os pedidos de ampliação dos incentivos concedidos à indústria estão sendo o centro das discussões na reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), hoje (10) em Brasília. No encontro, representantes do setor privado reivindicam ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que preside o grupo, a extensão das reduções de impostos anunciadas nos últimos dias e voltaram a defender a queda dos juros.
O faturamento real da indústria foi o único índice que apresentou aumento em junho, segundo dados divulgados nesta segunda (8) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O crescimento ficou em 0,7% em relação a maio. Quando comparada ao mesmo período do ano passado, a variação foi positiva em 5,9%. Os demais indicadores recuaram ou ficaram estáveis em junho na comparação com maio.
O real valorizado em mais de 30% anulou a proteção dada à indústria brasileira pelas tarifas de importação e induziu um processo de desindustrialização. As alíquotas aplicadas representam hoje incentivo para as importações em 25%, já que estão na prática em níveis negativos comparado ao que o país negociou na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Dois dias após de se recusarem a participar do lançamento do Plano Brasil Maior, com medidas de política industrial, representantes das centrais sindicais foram chamados para um reunião, nesta quinta-feira (4), no Palácio do Planalto. As medidas do plano foram o tema e, embora não estivesse previsto, a presidente Dilma Rousseff encerrou o encontro.
O governo federal pode aprimorar muito os instrumentos de defesa comercial, mas não resolverá — nem de longe — o problema estrutural por trás do crescente déficit da balança comercial dos itens manufaturados. A avaliação é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel.
A política industrial anunciado pelo governo federal frustrou aliados e centrais sindicais. O deputado Assis Melo (PCdoB-RS), que defende medidas para proteger a indústria nacional, lamenta a ausência de medidas para os trabalhadores no programa Brasil Maior, que prevê a desoneração de R$25 bilhões.
Nos próximos dias, as centrais sindicais farão um “pente-fino” nas propostas da nova política industrial (Plano Brasil Maior) que deverão ser encaminhadas nesta terça-feira (2) ao Congresso Nacional na forma de Medida Provisória (MP). O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CTGB), Ubiraci Oliveira, defendeu a necessidade de se criar mecanismos para fortalecer a indústria nacional.
Em meio a críticas das centrais sindicais, que não aceitam medidas que restrinjam os direitos sociais, o governo federal lançou, nesta terça-feira (2), a nova política industrial denominada Plano Brasil Maior. No vídeo institucional e nos discursos, o governo diz que as medidas vão garantir o desenvolvimento sustentável do país e impedir que a crise econômica internacional alcance o Brasil.
A produção industrial brasileira caiu 1,6% em junho deste ano, na comparação com o mês anterior. Em maio, a indústria havia tido um crescimento de 1,1%.
A produção industrial brasileira caiu 1,6% em junho deste ano, na comparação com o mês anterior. Em maio, a indústria havia tido um crescimento de 1,1%. O dado faz parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na sexta-feira (29), cinco das seis centrais sindicais do país recusaram convite para participar do ato de lançamento da nova política industrial brasileira, marcado para esta terça-feira (2). As centrais argumentaram não ter participado do debate. Em resposta, o governo federal convocou uma reunião das centrais com ministros para debater o tema nesta segunda (1º). Os sindicalistas participaram da reunião, mas mantêm a posição de não participar do ato desta terça.