O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), alertou que a onda de intolerância provocada pelos discursos de ódio contra as minorias e partidos de esquerda é extremamente grave e contrário a uma das características brasileiras, o respeito à democracia. Em entrevista à Revista Fórum nesta terça-feira (9) em São Paulo, Flávio Dino afirmou que o “discurso da violência é o discurso da divisão do Brasil”.
Caetano Veloso afirmou que o assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê, golpeado com 12 facadas na noite do último domingo (7), em Salvador, é simbólico do que está se esboçando no Brasil, referindo-se ao atual cenário de polarização política no país. Moa foi assassinado após se declarar apoiador de Ferenando Haddad um eleitor de Jair Bolsonaro (PSL).
O barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana, autor confesso das 12 facadas que mataram o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Coisa, conhecido como Moa do Katendê, em Salvador, na madrugada da segunda-feira (08), disse que o crime foi cometido por motivação política.
A onda de intolerância provocada pelos discursos de ódio contra as minorias e partidos de esquerda vem fazendo vítimas em Curitiba e todo o Brasil. No último domingo (07), o jornalista Guilherme Daldin vestia uma camiseta com a imagem do ex-presidente Lula e estava acompanhado de amigos nas proximidades da Rua Trajano Reis, no centro de Curitiba, quando foi atropelado por um carro. Daldin estava parado ao lado de um bicicletário.
Há exatos 365 dias perdíamos, de forma trágica, um amigo, um líder, uma referência. O reitor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Luiz Carlos Cancellier de Olivo, o Cau, nos deixava, após um ato de coragem.
Por Ubaldo Cesar Balthazar
Em nota pública divulgada nesta segunda-feira (10), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF (Ministério Público Federal), condenou o ataque ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) e destacou que a conduta "se soma à espiral de discursos de ódio e de violência nas discussões políticas no país".
Todos, independentemente da opinião que têm sobre este ou aquele político ou partido, precisam parar, respirar fundo e recompor suas posturas e comportamentos, sem precisar abrir mão de suas opiniões, antes que seja tarde demais para o convívio entre diferentes. Ter uma visão crítica sobre os acontecimentos — mesmo sobre aqueles que vão ao encontro das suas opiniões – é fundamental neste momento.
Por Renata Mielli*
Nos últimos 11 anos, quase 4 milhões de denúncias relacionadas a crimes de ódio na internet foram recebidas pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. Isso significa que, por dia, pelo menos 2,5 mil páginas contendo evidências de crimes como racismo, neonazismo, intolerância religiosa, homofobia, incitação de crimes contra a vida, maus tratos a animais e pedofilia foram denunciadas no Brasil.
"As pessoas têm que entender que internet não pode ser terra de ninguém. Tem que ter respeito, não importa onde", disse o advogado de Chico Buarque, João Tancredo, depois que a Justiça confirmou, terça-feira (7), a condenação contra o antiquário e jornalista João Pedrosa, que atacou o músico ea família em comentário na rede social Instagram. "Família de canalhas!!! Que orgulho de ser ladrão!!!", afirmou o réu em dezembro de 2015.
A jornalista Maria Carolina Ruy, do Centro de Memória Sindical, e colaboradora do Portal Vermelho analisa artigos publicados em O Estado de S.Paulo. Confira abaixo a coluna na integra.
“Em que momento recente da sua história o Brasil deixou de ser um País alegre, da paz, do respeito ao outro e da esperança? Não é possível continuar neste dualismo, onde se materializa um Brasil da direita, dos ricos, dos poderosos, dos que mandam e outro Brasil da esquerda, dos pobres, dos oprimidos, dos que obedecem. O Brasil é um só!”.
Por Jesualdo Farias*
A violência contra profissionais de imprensa no exercício da função está no centro das preocupações de trabalhadores e entidades representativas. Na semana passada, diante da prisão do ex-presidente Lula (PT), o país registrou não só uma intensificação dos protestos de rua, mas também novas agressões contra profissionais que atuam na cobertura jornalística.