As concessões relativas ao programa nuclear com que o Irã concordou nas negociações com o sexteto de negociadores internacionais em Genebra não irão impedir a utilização pacífica da energia atômica, consideram os peritos.
Repercutiu no noticiário mundial, nesta segunda-feira (25), a informação sobre o acordo entre o Irã e o Grupo 5+1 – membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas mais a Alemanha – que inclui a redução das atividades nucleares do Irã, inicialmente por seis meses, em troca de uma retirada limitada das sanções. José Reinaldo Carvalho, editor do Portal Vermelho, comenta o assunto no programa “Ponto de Vista”.
Neste domingo (24), o anúncio de um acordo entre o Irã e o Grupo 5+1 foi, em geral, bem recebido. Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China (membros do Conselho do Segurança), em conjunto com a Alemanha, em negociações com o Irã, concordaram com o alívio das sanções impostas há décadas à economia persa, enquanto o governo do presidente Hassan Rohani compromete-se com dois passos fundamentais relativos ao seu programa nuclear.
Por Moara Crivelente, da redação do Vermelho
Depois de cinco dias de intensas conversações sobre o programa nuclear iraniano, o país persa e o Grupo 5+1 (G5+1) chegaram a um acordo na madrugada deste domingo (24) em Genebra. O G5+1 é formado pelos países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França – mais a Alemanha.
Depois de cinco dias de intensas conversações sobre o programa nuclear iraniano, o país persa e o Grupo 5+1 (G5+1) chegaram a um acordo na madrugada deste domingo (24) em Genebra. O G5+1 é formado pelos países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha. Segundo o site iraniano em espanhol Hispan TV, o acordo foi o resultado de um procedimento baseado no respeito mútuo entre as duas partes, apesar de que os diálogos foram duros.
A Arábia Saudita não pretende "ficar de braços cruzados" se o sexteto não conseguir "refrear o programa nuclear do Irã", declarou o embaixador do país no Reino Unido, príncipe Mohammed bin Nawaf bin Abdul Aziz, em uma entrevista com um jornalista britânico.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, chegou a Genebra para somar-se ao diálogo do denominado Grupo 5+1 com o Irã, que espera concretizar um acordo sobre o programa nuclear do país persa.
A contradição principal nas negociações entre o Irã e o sexteto de mediadores internacionais (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Rússia, China, Estados Unidos, Reino Unido e França, mais Alemanha) continua a ser o funcionamento de um reator de água pesada em Arak, divulgou uma fonte da delegação iraniana.
O Irã e o Grupo 5+1 se esforçam na cidade suíça de Genebra para resolver o caso nuclear de Teerã, ao mesmo tempo que um grupo de senadores estadunidenses não descansa de sua tentativa de impor novas sanções contra a República Islâmica do Irã.
As linhas vermelhas do Irã nos diálogos sobre a questão nuclear com o Grupo 5+1 são "indiscutíveis" e "inalienáveis” afirmou nesta quinta-feira (21) o vice-chanceler iraniano para Assuntos Jurídicos e Internacionais, Seyed Abás Araqchi.
As delegações negociadoras do Irã e dos Estados Unidos se reuniram em Genebra no quadro das conversações sobre a questão nuclear iraniana.
Representantes do Irã e do chamado grupo 5+1 – formado por Estados Unidos, China, Rússia, França, Grã-Bretanha e Alemanha – estão em Genebra pela terceira vez desde a eleição do presidente iraniano, Hassan Rouhani, em junho.