A frágil trégua de menos de 48 horas em Gaza teve nesta sexta-feira (23) sua primeira violação, quando tropas israelenses mataram um camponês e feriram 10 homens na zona de Khan Younis, segundo informes médicos.
O Irã felicitou os palestinos de Gaza por sua vitória sobre Israel e afirmou em uma declaração que a derrota desse país mostra hoje o crescente poder da resistência.
O regime sionista israelense decidiu limitar a partir desta sexta-feira (23), o acesso de palestinos a várias áreas de Jerusalém, cidade considerada sagrada para os judeus, cristãos e muçulmanos. Apenas alguns palestinos poderão transitar na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém oriental. As autoridades alegam que a decisão foi tomada por questão de segurança.
O chefe do Pentágono, Leon Panetta, confirmou a promessa dos Estados Unidos de ajudar Israel a aumentar a eficiência de combate de seu escudo antimísseis conhecido como “Cúpula de Ferro”.
Enquanto os mais otimistas comemoram o acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel, assinado nesta quarta-feira (21) com mediação dos EUA e do Egito, alguns questionam a sua sustentabilidade, e outros ainda cobram do quadro mais amplo: a criação – ou o reconhecimento – de um Estado palestino.
Por Moara Crivelente*
Após o anúncio de que o regime de Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) teriam chegado a um acordo de trégua, após oito dias de agressão militar israelense que resultou na morte de 151 palestinos, na região da Faixa de Gaza, o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que não vai haver um fim das "ações" antipalestinas na região.
Após 159 mortes ocasionadas por mais uma agressão militar israelense contra a população da Faixa de Gaza, na Palestina, o Egito anunciou nesta quarta-feira (21) um acordo que encerra por enquanto os ataques na região, após oito dias de bombardeios e ataques. Resta saber até quando o regime israelense vai obedecer ao acordo assinado.
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara divulgou nota oficial, nesta quarta-feira (21), sobre o conflito no oriente Médio. A presidenta da Comissão, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que assina a nota, faz um apelo “às partes para que firmem um cessar-fogo imediato e reabram as negociações que contemplem a criação do Estado Palestino com garantias de segurança para o Estado de Israel, uma solução de dois estados para dois povos.”
É lamentável o que está ocorrendo na Faixa de Gaza. Alguns analistas atribuem a fúria Israelense à dupla troglodita política Benjamin Netanyahu e o chanceler Avigdor Lieberman, que em função das próximas eleições querem consolidar a imagem de falcões intransigentes. E a indústria da morte, ou seja, de armamentos, agradece penhoradamente pelo fato de estar mais uma vez obtendo lucros com os acontecimentos
Por Mário Augusto Jakobskind
O governo dos EUA e povos subordinados pensam nos EUA como “a única superpotência mundial”. Mas como seria superpotência, se todo o governo e boa parte dos cidadãos, sobretudo os membros de igrejas evangélicas, rastejam aos pés do primeiro-ministro de Israel? Quem país seria superpotência, se não tem poder sequer para definir a própria política externa no Oriente Médio? País desses não é superpotência: é estado-fantoche.
Por Paul Craig Roberts*
As negociações de cessar-fogo estão sendo ensaiadas entre Israel e Hamas, enquanto atores regionais buscam um papel mais importante na questão, como mediadores. Israel exige a cessação de ressuprimento de Gaza com armas e outros materiais bélicos, e o Hamas exige o fim do bloqueio israelense já duradouro sobre Gaza. Será outro episódio de declarações retóricas? O principal ponto é a repetição praticamente idêntica deste cenário.
Por Moara Crivelente*, especial para o Vermelho
A ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza completou seis dias nesta segunda-feira (19), com um elevado número de civis mortos no território palestino. As Forças Armadas de Israel admitiram que dos 95 palestinos mortos nos bombardeios até o momento, pelo menos um terço não tinha nenhum envolvimento com o conflito.