Cerca de 10 mil palestinos saíram às ruas da Cisjordânia nesta quinta-feira (24) para protestar contra a violência israelense no território ocupado e contra o massacre na Faixa de Gaza. Dois manifestantes foram mortos pela repressão israelense em Qalandyia e, no início da semana, mais três palestinos morreram. O número de vítimas fatais em Gaza ultrapassa o de 800 pessoas, mas o governo de Israel garante que manterá a ofensiva.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
A presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, enviou uma carta à presidenta Dilma Rousseff na terça-feira (22), instando o governo brasileiro a se posicionar firmemente contra o massacre dos palestinos, perpetrado por Israel. Já nesta quinta (24), em reunião com diversos movimentos sociais e com o embaixador da Palestina, Ibrahim Al-Zeben, Socorro saudou a nota do Itamaraty a respeito da situação na Faixa de Gaza. Leia a íntegra da carta enviada a Dilma.
A nota emitida pela Chancelaria do Brasil nesta quarta-feira (23) sobre a situação na Faixa de Gaza foi respondida de forma raivosa e ofensiva pelo governo de Israel e setores virulentos no próprio Brasil. Em coluna na Veja, Reinaldo Azevedo usa a reação do governo ao massacre dos palestinos para atacá-lo de forma oportunista e manipuladora, enquanto a Confederação Israelita do Brasil (Conib) volta a atuar como agência da liderança sionista por trás dos crimes de guerra israelenses.
Benjamin Netanyahu, o premiê de Israel, respondeu à condenação mundial contra o massacre dos palestinos de Gaza: a “operação Margem Protetora” deve continuar “com toda a sua força”, disse nesta quinta-feira (24), durante a reunião de gabinete. A ONU prepara uma comissão de investigação dos crimes de guerra enquanto os palestinos seguem tentando denunciar a devastação e contando seus mortos: já são 779, com 85 pessoas mortas apenas nesta quinta.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O Ministério brasileiro de Relações Exteriores (Itamaraty) divulgou nota, nesta quarta-feira (23), informando a chamada ao embaixador do Brasil em Israel para consultas, em Brasília. O texto condena a escalada da violência que, em quase três semanas, já resultou em 660 mortes entre os palestinos, com “elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças”. A Chancelaria israelense reagiu, nesta quinta (24), alegando que a medida “dá vantagem ao terrorismo”.
Um relatório divulgado pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) nesta quarta-feira (23) indica que já são 655 vítimas fatais entre os palestinos da Faixa de Gaza, bombardeada há 16 dias por Israel. As condições humanitárias agravam-se rapidamente, mas ao contrário da intenção do governo israelense, as lideranças de Gaza e da Cisjordânia afirmam unidade na resistência, enquanto a ONU decide investigar as denúncias de crimes de guerra.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Navi Pilay, alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, fez uma declaração abrangente sobre a situação na Palestina. O texto divulgado nesta quarta-feira (23) pela página oficial da ONU analisa as consequências da ocupação israelense e dos ataques contra lares e civis na Faixa de Gaza, além de outras ações que constituem crimes de guerra. O Conselho de Direitos Humanos, que inclui o Brasil, debaterá uma resolução ainda nesta quarta.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, é cúmplice da matança que o exército de Israel está perpetrando em Gaza, que já provocou a morte de pelo menos 410 pessoas e três mil feridos, a esmagadora maioria dos quais civis, segundo fontes concordantes [nesta quarta-feira (23), já são mais de 650 pessoas mortas].
Por Christopher Wadi, de Gaza para o Jornalistas sem Fronteiras
O exército israelense decidiu admitir as mortes de 28 soldados em confrontos com a resistência na Faixa de Gaza invadida, enquanto o número de vítimas fatais palestinas ultrapassa o de 600 pessoas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, reuniram-se na segunda-feira (21), mas a proposta de um “cessar-fogo humanitário” que elaboraram foi rejeitada por Israel: a pausa na ofensiva “beneficiaria o Hamas”.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O secretário de estado norte-americano, John Kerry, viajou nesta segunda-feira para o Oriente Médio, para atuar no conflito em Gaza, onde os ataques israelenses provocaram a morte de mais de 300 pessoas e deixaram outras 1.700 feridas.
Recentemente tem sido noticiado o hábito adquirido por israelenses de Sderot, reunidos para assistir aos bombardeios que já mataram mais de 500 palestinos em duas semanas. O jornalista experiente na região Robert Fisk pontuou que seis mil entre o 1,7 milhão de habitantes da Faixa de Gaza descendem de refugiados de Sderot, antes chamada Huj. Ou seja, os massacres sucedem-se na história, mas é o apoio às ofensivas que recebe destaque na mídia israelense.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Gaza é um cemitério de vivos. Aqui não é possível escapar à matança, o campo de tiro tem uma área de 320 quilômetros quadrados onde o mais difícil é não acertar simultaneamente num ou vários alvos do milhão e meio de entes disponíveis, cercados, concentrados. Sobretudo quando se ensaiam os novos ou renovados instrumentos de extermínio coletivo rotulados como meios avançados de “eliminação seletiva”. Gaza é, também e por isso, um laboratório de morte.
Por Christopher Wadi, de Gaza para o Jornalistas sem Fronteiras